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Pedro Nuno Santos aponta a mobilização nos Açores e lembra PSD como responsável por ter envolvido a extrema-direita num Governo em Portugal

Pedro Nuno Santos aponta a mobilização nos Açores e lembra PSD como responsável por ter envolvido a extrema-direita num Governo em Portugal

O Secretário-Geral do PS marcou ontem presença nos Açores, onde participou num grande jantar comício em Vila Franca do Campo, na Ilha de São Miguel, lembrando que o PSD é o responsável por ter inaugurado uma nova aliança política com o Chega, “que não resolveu nenhum problema” e que só agravou a instabilidade política na Região.

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Pedro Nuno Santos , Açores

“Chega D”. Foi esta a fórmula que Pedro Nuno Santos encontrou para representar a aliança que o PSD, em conjunto com o CDS-PP, fez nos Açores com o partido da extrema-direita, uma aliança, como lembrou, que o ex-presidente do Governo Regional tinha insistente e repetidamente garantido aos açorianos que não faria.

Que credibilidade tem hoje o demissionário líder do Governo Regional, questionou o Secretário-Geral do PS, para agora “assumir compromissos perante os açorianos sobre com quem ou não vai governar”, mostrando-se convicto de que “nenhum açoriano pode hoje confiar num homem que diz uma coisa e faz exatamente o contrário após eleições”.

Para Pedro Nuno Santos, a coligação do PSD/CDS-PP com o Chega nos Açores não falhou só no capitulo da estabilidade, como também não conseguiu, em nenhum momento, “proporcionar aos açorianos os resultados que prometiam”, lembrando que a direita coligada com o Chega na Região deixa como herança “uma dívida pública bastante superior à que herdou”.

A este propósito, o líder socialista deixa como exemplos, para além da dívida pública, que subiu de forma exponencial com a governação da direita coligada com o Chega, a pobreza e o abandono escolar precoce que nos Açores, como referiu, atingiu padrões altamente preocupantes, salientando que com o anterior Governo socialista dos Açores, liderado por Vasco Cordeiro, a pobreza “vinha a descer sempre todos os anos”.

O que a direita coligada com o Chega fez em três anos nos Açores, mencionou ainda Pedro Nuno Santos, foi transformar novamente a região “numa das mais pobres do país”, com cortes recorde nos apoios sociais, acusando o PSD de ter cedido “à chantagem do Chega, ao seu discurso demagógico e desrespeitoso para com os pobres e para com o povo”.

Para que a Região Autónoma dos Açores volte a estar na rota da recuperação económica e do crescimento, no combate à pobreza e à criação de mais e melhor emprego, defendeu o líder do PS, é preciso que os eleitores se mobilizem, apontando para Vasco Cordeiro como o político açoriano “com mais competência, mais experiência e um dos mais preparados em todo o país e respeitados na Europa”.

Autonomia é para continuar com o PS

Pedro Nuno Santos falou ainda sobre a autonomia, que considerou ser uma “tarefa inacabada”, e que por isso mesmo, como sublinhou, “tem de continuar a ser feita”, defendendo que, 50 anos depois de 25 de Abril de 1974, “já nada justifica que se mantenha a figura de Representante da República” numa região “que não é uma colónia”.

Destacou ainda o facto de os Açores “acrescentarem território e mar a Portugal”, e que “não passa pela cabeça de nenhum socialista”, em Lisboa, “achar que pode gerir a imensidão deste mar sem respeitar ou envolver os Açores”, voltando a referir que “autonomia não pode significar desresponsabilização do Governo da República”.

No último dia de campanha para as eleições antecipadas nos Açores, o Secretário-Geral do PS participa ainda, esta sexta-feira, numa arruada em Lagoa, ao lado do candidato socialista à liderança do Governo Regional, Vasco Cordeiro.

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