Intervindo em Bruxelas, no Parlamento Europeu, perante a bancada da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), o líder socialista, Pedro Nuno Santos, voltou a garantir que a posição do PS perante a extrema-direita permanece coerente, forte e inabalável.
Para os socialistas, quando se trata de defrontar a extrema-direita, “o não significa mesmo não”. Não a coligações, a acordos parlamentares ou a qualquer tipo de negócios feitos às escondidas, e “nada de cópias em papel da sua agenda dura”, porque “somos diferentes do PSD e temos orgulho nisso”, declarou, comprometendo-se a continuar a trabalhar para a vitória socialista nas eleições legislativas de 10 de março e nas europeias que terão lugar no próximo mês de junho.
Uma coerência que, para o líder do PS, obriga, desde logo, a que o partido se mantenha unido, “trabalhando de forma incansável” para poder ganhar as próximas eleições, nacionais e europeias, lembrando que sem acordos com o Chega, como o que fez nos Açores mesmo depois de ter prometido aos açorianos que não haveria qualquer entendimento com o partido da extrema-direita, o PSD “tem zero hipóteses de vir a governar ou a liderar um Governo em Portugal”.
A partir desta certeza, Pedro Nuno Santos diz não ter dúvidas de que esse cenário significaria sempre grande instabilidade política em Portugal, garantindo que a única forma de combater e de travar o avanço do Chega e da extrema-direita é com o voto no PS.
Almoço com António Costa
Depois do encontro com os socialistas europeus e com o Grupo Parlamentar do PS no Parlamento Europeu, Pedro Nuno Santos almoçou com António Costa, oportunidade que aproveitou para elogiar o ainda primeiro-ministro, que está na capital belga para assistir à cerimónia da Comissão Europeia em homenagem a Jacques Delors e para participar na cimeira europeia extraordinária de quinta-feira, como um “dos líderes políticos mais respeitados e admirados ao nível europeu” e que “isso é um motivo de orgulho”.
Assumindo que é uma “enorme responsabilidade” suceder a “um grande líder político em Portugal e na Europa”, Pedro Nuno Santos garantiu que vai continuar a trabalhar em conjunto com António Costa, dizendo ainda, quando questionado sobre um eventual futuro cargo europeu, que o seu antecessor tem todas as condições de “ser o que desejar” e terá “o apoio do PS”.