PCP, PEV, PAN e deputados que aprovaram OE mostraram “responsabilidade perante o país”

No programa ‘Casa Comum’ da Rádio Renascença, José Luís Carneiro assinalou que essa foi também a mensagem retirada do Congresso do PCP, contrastando com a posição de “irresponsabilidade”, perante a situação que o país enfrenta, dos partidos que votaram contra o orçamento.

“Olhamos para aquele que é o principal partido da oposição, que veio dizer que o orçamento dava tudo e a todos, mas nem mesmo assim diminuiu a sua vontade de contribuir com propostas que aumentariam essa irresponsabilidade”, disse, dando como exemplo as propostas apresentadas pelo PSD que representariam, de acordo com a UTAO, um valor de aumento da despesa em cerca de 3 mil milhões de euros.

Quanto ao Novo Banco, outro tema que marcou o debate orçamental, o ‘número dois’ da direção socialista sublinhou que, da parte do Governo e do PS, “o que foi prometido foi cumprido”, ou seja, que não haveria neste Orçamento do Estado “nem um cêntimo dos contribuintes” transferidos para aquele banco, sem colocar em causa, por outro lado, a garantia de que o Estado deve honrar os seus compromissos.

“Honrar os compromissos contratuais significa dar confiança a quem investe no país e na economia do país”, sublinhou.

Investimento na transição digital

José Luís Carneiro destacou ainda os objetivos inscritos por Portugal no Plano de Recuperação e Resiliência no domínio da transição digital, nomeadamente o investimento previsto de 3 mil milhões de euros, destinados à digitalização dos serviços da administração pública e do universo da escola pública, ou o programa de 500 milhões de euros para apoiar a transição das pequenas e médias empresas.

“A transição do país para o mundo digital, do ponto de vista do comércio, da economia, das relações sociais e culturais, e até do ponto de vista institucional, exige um esforço imenso de formação e de capacitação do trabalho e dos cidadãos. É uma dimensão essencial e complementar à transição digital”, sublinhou, sendo este um objetivo prioritário que, no seu entender, deve mobilizar a próxima presidência portuguesa da União Europeia.

“É um esforço para as gerações atuais e, muito particularmente, é um esforço para as gerações futuras”, concluiu.