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Orçamento tem condições de ser viabilizado na globalidade

Orçamento tem condições de ser viabilizado na globalidade

O Secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, considera que a proposta de Orçamento do Estado, apresentada pelo Governo e já aprovada na generalidade, reúne todas as condições para ser viabilizada na votação final global.
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No programa ‘Casa Comum’ desta semana, na Rádio Renascença, o dirigente socialista voltou a destacar a importância da proposta orçamental para responder aos desafios e prioridades que se colocam no atual contexto do país, realçando, na antevisão do debate na especialidade, a disponibilidade de diálogo de PCP, PEV, PAN e das deputadas únicas [Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues].

“Estamos convictos de que é possível chegar a uma convergência política suficiente para aprovar a proposta”, afirmou.

O ‘número dois’ da direção do PS abordou também a posição assumida pelo BE, de votar contra a proposta orçamental na generalidade, assinalando ter sido notório o esforço do Governo em corresponder às preocupações que foram manifestadas durante o processo negocial. Segundo José Luís Carneiro, não foi o Governo que se desentendeu com o BE, mas sim este partido que entendeu tomar uma posição que incompreensível no momento que o país atravessa e cujos fundamentos invocados “não encontram respaldo” no Orçamento do Estado apresentado pelo Executivo socialista.

“A proposta de OE, em primeiro lugar, é responsável por aquela que é a primeira prioridade do país, ou seja, a garantia de níveis de proteção da saúde pública. É responsável, também, com a proteção dos rendimentos das famílias, é muito responsável com a proteção dos trabalhadores e também das próprias empresas”, referiu.

“O BE entendeu dar os seus votos à direita e com essa atitude, do nosso ponto de vista, deixa de corresponder a expetativas de uma parte muito significativa da sua base de apoio”, assinalou ainda.

Solução de governo nos Açores passará por capacidade de diálogo construtivo

O Secretário-geral adjunto socialista manifestou também confiança na capacidade do PS em liderar uma solução de governo nos Açores, considerando que existem “sinais bastante construtivos” nesse sentido e que podem alicerçar o diálogo com diferentes forças partidárias da Região.

“No quadro da autonomia do PS nos Açores, é preciso que ocorra um diálogo com os partidos com suporte parlamentar”, referiu, lembrando, como exemplo da cooperação que tem existido no contexto regional, que 75% das propostas legislativas têm contado com o apoio dos outros partidos com assento na Assembleia Legislativa dos Açores e que 94% das propostas legislativas foram aprovadas por mais do que um partido.

José Luis Carneiro reconhece que o CDS pode ser uma das chaves para viabilizar uma maioria parlamentar que permita sustentar uma solução governativa: “O CDS é um dos partidos que historicamente têm mantido nos Açores um diálogo muito construtivo para viabilizar soluções políticas regionais, assim como outros partidos”.

“Há um quadro político de cooperação e de concertação política que não deixará de ser importante na viabilização de uma solução política governativa do Partido Socialista nos Açores”, apontou o dirigente socialista.