“Orçamento só será chumbado se BE e PCP somarem os seus votos à direita”
“Seria incompreensível aos olhos dos portugueses que os partidos com assento parlamentar quisessem criar uma crise política, somando-a a uma crise de saúde pública grave, e a uma crise económica e social que exige a conjugação de esforços e uma cooperação institucional de todos para lhe fazermos face”, sustenta o dirigente socialista.
No programa ‘Casa Comum’, da Rádio Renascença, José Luís Carneiro realça que a proposta de orçamento para o próximo ano não só garante e consolida a reposição de direitos que tem sido prosseguida desde 2015, como dá ainda “um passo em frente”, com novas medidas que procuram garantir o combate à pandemia, “que é a primeira prioridade em que devemos estar concentrados”, sendo também um orçamento “que protege as pessoas e não deixa de apoiar a economia”.
Ainda na opinião do ‘número dois’ do PS, a resposta à crise que o país atravessa é de enorme exigência, sublinhando, a este respeito, o “esforço imenso” que tem sido feito, por parte do primeiro-ministro e do Governo, para “auscultar todos os partidos com assento parlamentar”.
Um esforço, acrescenta, que responde integralmente às preocupações que têm sido manifestadas pelos partidos da esquerda parlamentar, nomeadamente pelo Bloco de Esquerda, como o reforço do investimento no SNS, na criação de uma nova prestação social, na garantia de preservação do emprego por parte das empresas apoiadas pelo Estado ou mesmo nas garantias sobre o Novo Banco.
“Em todas as questões que o BE considera serem centrais, em todas elas há respostas deste orçamento”, assinalou, sublinhando que o Orçamento do Estado só não será aprovado se “BE e PCP somarem os seus votos à direita”.
“Temos um bom Orçamento. E esta é uma mensagem que deve ficar clara para todos os portugueses”, concluiu.