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Opinião: Um caminho que se faz caminhando

Opinião: Um caminho que se faz caminhando

(Artigo de opinião escrito originalmente para o Jornal de Notícias)

Ana Catarina Mendes

 

Um caminho que se faz caminhando

A caminho do terceiro ano desta legislatura, o mínimo que se pode dizer é que estes anos devolveram aos portugueses algo que lhes tinha sido retirado pela anterior governação do PSD e do CDS/PP, e que ia muito para além dos rendimentos: a confiança e a tranquilidade. O clima de intranquilidade, o sobressalto e a tensão permanente, a falta de um rumo e de qualquer sinal de esperança desaparecera do nosso quotidiano e esse regresso a uma certa normalidade é um dos inestimáveis ganhos destes anos de Governo do PS, por muito que alguns, sobretudo à Direita, queiram fazer-nos esquecer que esses tempos existiram e se comportem hoje como se esse pesado lastro não fizesse parte indeclinável do seu currículo (eu diria mesmo, cadastro…) político.

 

Há um rumo agora. Um rumo que mostrou que era possível fazer diferente, que ao empobrecimento contrapôs o crescimento económico e a devolução de rendimentos às famílias, a franca diminuição do desemprego, conseguindo ainda pôr as finanças públicas em ordem, cumprindo escrupulosamente os nossos compromissos internacionais. Um rumo que é feito também de saber que não é possível dar passos maiores do que as pernas. Portugal e os portugueses estão hoje melhor do que estavam há três anos. E se é chocante vermos alguns responsáveis pelo estado a que o país chegou nessa altura portarem-se como se essa realidade não tivesse existido, não o é menos – e chega a ser ridículo – vermos alguns a dizer que o PS não se distingue da Direita. Quer um quer outro discurso têm um problema inultrapassável: são desmentidos pela realidade, pelos números, pelas evidências.

 

Aqui chegados, é esse o rumo que há que prosseguir, sem cedências ao que até pudesse ser mais fácil e até eleitoralmente rentável, mas que poria em risco o que se conseguiu até aqui. Sim, sabemos que há muito ainda a fazer. E queremos fazer. Com determinação, mas também com realismo. É este o nosso caminho, o nosso e o de quem quiser vir connosco.