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O PS nunca faltou ao Porto

O PS nunca faltou ao Porto

O Secretário-geral do PS, António Costa, afirmou ontem que a candidatura de Manuel Pizarro à Câmara Municipal do Porto honra a “longa história” de ligação socialista à cidade e que esse reconhecimento está bem vivo nos portuenses.
O PS nunca faltou ao Porto

“O PS nunca faltou ao Porto. O PS foi sempre leal ao Porto e o PS nunca faltará e nunca deixará de faltar ao Porto”, enfatizou o líder socialista, na sessão pública de apresentação da candidatura de Manuel Pizarro à presidência da autarquia, que contou com a presença de inúmeras personalidades de todos os quadrantes da cidade.

Lembrando a “longa história do PS na cidade”, António Costa deixou ainda uma mensagem clara aos adversários na corrida eleitoral de outubro: “Este PS, que tem esta história com o Porto, só é dispensável pelos cidadãos do Porto e esses não passaram procuração a ninguém”.

O Secretário-geral do PS e líder do Governo apontou depois a habitação como “uma das políticas centrais” da legislatura, defendendo que a solução para responder aos desafios nos grandes centros urbanos, como Porto e Lisboa, deve passar, não pela penalização da dimensão turística, mas pela sua articulação com políticas públicas que promovam “cidades da diversidade”, criando condições para ter as classes médias e as novas gerações a viver no centro das cidades.

“Deixem-me ser muito claro sobre isso. A solução não está em matar o Turismo, porque o Turismo é uma componente fundamental das cidades, o que isso tem transformado Lisboa, o que isso tem transformado o Porto”, disse, acrescentando que “a solução está em ter uma cidade da diversidade, uma cidade para todos, onde todos caibam”.

“Se queremos cidades vivas e coesas não podemos expulsar as classes médias das cidades, se queremos cidades com vida, temos que ter as novas gerações e os jovens a viver nos centros das cidades”, reforçou.

Muito elogiado por António Costa, pela “lealdade” do trabalho desenvolvido como vereador no município, Manuel Pizarro pediu o envolvimento de todos no combate que o PS tem pela frente. “Não foi o PS que rompeu na 25ª hora o acordo de governação da cidade”, sustentou, arrancando uma estrondosa salva de palmas.

Programa de rendas acessíveis será prioridade para a cidade

O candidato socialista elegeu também a habitação como “o maior problema” que a cidade enfrenta, afirmando que assumirá como prioridade para o seu mandato o lançamento de um programa de habitação a rendas acessíveis, destinado às classes médias, que desejam habitar no Porto, com especial atenção para os mais jovens.

“Trata-se de um programa de construção ou de reabilitação de edifícios para habitação com renda acessível, isto é, com rendas que irão dos 225 euros para um T0 até aos 400 euros para um T4”, anunciou, referindo que “o investimento será assegurado por parcerias com o Estado, com o setor social, em especial com a Misericórdia do Porto, e com promotores privados”.

Pizarro mostrou também o trabalho que o partido realizou no executivo ao longo dos últimos quatro anos, assinalando que 87% do programa eleitoral do PS apresentado 2013 foi cumprido: “Propusemos na altura 111 medidas e dessas 57 estão executadas e 40 estão em desenvolvimento”.

“Mostrámos que conhecemos a cidade que temos respostas para os seus principais problemas e, sobretudo, que temos competência para as executar”, disse ainda, lembrando que muitas das obras concluídas ou em curso, que têm sido apresentadas como trabalho do atual executivo camarário, têm a marca, a iniciativa e o trabalho dos socialistas na Câmara do Porto.

Numa sala cheia de militantes do PS, marcaram também presença na apresentação da candidatura os ministros Azeredo Lopes, João Matos Fernandes, Ana Paula Vitorino e Eduardo Cabrita. Luís Braga da Cruz, que será cabeça de lista à Assembleia Municipal, Miguel Guimarães Rosa Mota, Ilídio Pinto, Fernando Aguiar-Branco, Carlos Melo Brito, Álvaro Magalhães, Adélia Carvalho, Ana Saldanha, Carlos Guimarães ou o escritor Richard Zimmler, foram outras das muitas personalidades presentes.