O PS faz a diferença na Europa e na defesa do projeto europeu
É hoje um dado adquirido que a Europa enfrenta, se não o seu maior desafio, pelo menos um dos mais preocupantes e difíceis períodos na história do projeto europeu. Se juntarmos a anunciada saída do Reino Unido da União Europeia à onda crescente dos partidos nacionalistas, com uma agenda que está também a ser compartilhada pelas forças populistas, ficamos com uma ideia clara do ambiente político delicado que a Europa atravessa e do clima nocivo em que as eleições para o parlamento europeu vão decorrer no próximo mês de maio.
Embora mostrando preocupação com esta realidade, que se vai vivendo um pouco por toda a Europa, António Costa fez, contudo, questão de reafirmar que ao contrário destes movimentos populistas, o PS sempre pautou a sua conduta política pela defesa intransigente do projeto europeu.
Falando na cidade de Ponta Delgada, palco da quinta convenção regional do ciclo que o PS está a organizar em todo o território nacional, o líder socialista garantiu que o PS “nunca teve angústias existenciais” sobre a presença de Portugal no espaço europeu, uma atitude que sempre manteve, como salientou, “mesmo em momentos de maiores dificuldades”.
António Costa lembrou, a este propósito, os contributos decisivos dados pelos açorianos Medeiros Ferreira e Jaime Gama para a consolidação da integração portuguesa na Europa, acrescentando que o “grande combate” que o país tem que enfrentar de imediato não passa tanto por enfrentar os demagogos, mas pela discussão necessária sobre o “próximo quadro comunitário de apoio”, assumindo ser este agora o assunto de maior relevância para Portugal, com especial pertinência para uma “região ultraperiférica como são os Açores”.
Provámos que viragem da austeridade era compatível com o euro
António Costa, que falava ao lado do presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, mostrou-se convicto de que o Executivo socialista que lidera tem feito, desde há três anos, “a diferença na União Europeia”.
Tese que lhe serviu de mote para recordar às muitas centenas de militantes e dirigentes socialistas açorianos ali presentes, que quando o Governo tomou posse foram muitas as vozes que na altura se levantaram para defender que se “queríamos virar a página da política económica era essencial que o país saísse da União Europeia” ou, pelo menos, como também sugeriam, do euro, afirmando o Secretário-geral do PS que ao contrário desses clamores “fomos capazes de provar o que dizíamos e defendíamos de que era possível virar a página da austeridade e manter-nos no euro”.