“O papel das juventudes partidárias parece-me absolutamente essencial”
Ana Catarina Mendes relembrou hoje, no XX Congresso Nacional da Juventude Socialista, que foi na JS que cresceu como política, que aprendeu o valor da solidariedade, onde a divergência foi sempre respeitada e que foi nessa divergência que se conseguiu encontrar a força dos valores do socialismo. E não obstante os protagonistas terem, naturalmente, mudado, a Juventude Socialista é uma atitude e uma forma de estar na vida.
Ana Catarina Mendes deixou então uma palavra a João Torres, Secretário-geral da JS que neste congresso cessa as suas funções, recordando que o XIX Congresso da JS foi em Troia, e que ela teve a honra de receber enquanto líder distrital da Federação Distrital de Setúbal do PS, conhecendo-o melhor nessa altura e podendo testemunhar o privilégio que é a Juventude Socialista ter como líder João Torres nestes últimos anos. O João Torres deixa uma marca na Juventude Socialista e terá um grande futuro no Partido Socialista.
A Secretária-geral Adjunta teve a oportunidade, de seguida, de lembrar “que bom que é vivermos o atual momento político em Portugal”. Este momento político liderado por António Costa “com a capacidade de ser um Primeiro-ministro liderante na Europa de um projeto de transformação da sociedade”. “Que bom que é podermos acordar todos os dias de manhã com a certeza de que não seremos assaltados com a notícia de um novo imposto ou de um novo posto de trabalho que se acaba” continuou Ana Catarina, frisando que é igualmente muito bom “estarmos a conseguir virar a página da austeridade”.
“Fala hoje Passos Coelho dos Reis Magos” comentou a Secretária-geral Adjunta. “De facto, a ideia do Diabo já não lhe servia. Quem será o Rei Mago que lhe trará a prenda? Talvez nenhum!” disse Ana Catarina Mendes enumerando o legado de destruição que o líder do PSD deixou no país após quatro anos à frente dos destinos do país.
“Por isso, meus caros camaradas, vos digo: é muito bom poder acordar hoje e sentir que estamos a construir uma sociedade mais justa, mais coesa e, sobretudo, uma sociedade que combate as desigualdades.”
Passando a falar do futuro, Ana Catarina afirmou que “o PS está no governo apostado em preparar o futuro das novas gerações. E o futuro das novas gerações faz-se com uma economia robusta, capaz de gerar riqueza e capaz de gerar emprego”. Também o “combate à precariedade tem sido apanágio deste governo e não é por acaso que devemos hoje saudar a integração dos precários na administração pública porque isso significa um combate sério ao combate precário em Portugal”. “Um emprego com mais direitos não apenas porque fica bem nos slogans políticos, mas porque não há trabalho sem dignidade”.
Aproveitando a presença de vários dirigentes de juventudes socialistas da família europeia, a Secretária-geral Adjunta afirmou que “os mais jovens se sentem hoje descontentes com o modelo social europeu”, mas que “todos nós somos necessários para aprofundar o projeto europeu”.
Ana Catarina defendeu também uma maior participação de jovens na política e, nomeadamente, na Juventude Socialista, afirmando que é dever da organização de juventude encontrar novas formas de participação.
“O papel das juventudes partidárias parece-me absolutamente essencial”, concluiu.
A Secretária-geral Adjunta teve ainda tempo para finalizar lembrando todos os jovens (de hoje e de ontem) que para poderem estar aqui neste congresso, tal se deveu à luta de vários homens e mulheres, mais anónimos ou mais conhecidos, mas também a esse grande homem, Mário Soares, “que trouxe da democracia para Portugal; que nos trouxe de Portugal para a Europa e que consolidou a nossa democracia”!