“Já faltou muito mais, mas ainda não chegámos lá. E é muito importante chegarmos lá. Não é só as ligações interurbanas que se têm de resolver. Não é só a Ferrovia2020 que se tem de fazer. É a necessidade também de nos sistemas periurbanos, dentro das cidades, resolver-se o problema da mobilidade”, salientou António Costa.
Na cerimónia, que decorreu na Câmara Municipal de Coimbra, o líder do executivo socialista defendeu a importância de as cidades se habituarem, num curto espaço de tempo, a um novo conceito de mobilidade.
“As cidades levaram, desde o pós-guerra, 50 anos a adaptarem-se para acomodar o corpo estranho que era o automóvel. Agora, temos muito menos tempo para nos habituarmos a viver sem esse corpo estranho”, afirmou António Costa.
Durante a sua intervenção, o primeiro-ministro chamou ainda a atenção para outra variável fundamental no combate às alterações climáticas – a energia -, reiterando a necessidade de Portugal ir além dos objetivos estabelecidos no Acordo de Paris e a ambição de chegar a 2025 com o país a produzir 80% da sua eletricidade a partir de energia de origem renovável.
Tendo como exemplo a aposta em energia de gases renováveis, como o hidrogénio verde, António Costa reafirmou, também, a “expectativa realista” de o país passar a ser exportador energético.
Também presente na cerimónia, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, considerou que se testemunhou um “dia histórico” para a concretização do Sistema de Mobilidade do Mondego, “num processo que levou décadas”.
“É fazer justiça a uma promessa que não tinha ainda sido cumprida”, disse o governante socialista.
O SMM consiste na implementação de um ‘metrobus’, utilizando veículos elétricos a baterias que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra, ligando esta cidade a Serpins, no concelho da Lousã, com passagem em Miranda do Corvo, numa extensão de 42 quilómetros.