Segundo dados disponibilizados pelo índice de preços do alojamento estudantil em Portugal, cujo relatório data do passado dia 1 de setembro, existem em todo o país cerca de 9.600 quartos disponíveis com um preço médio nacional de 267 euros, verba que segundo refere o relatório do Observatório do Alojamento Estudantil, significa uma redução, sobretudo na zona de Lisboa e na Madeira, em cerca de 1,4% em relação ao preço médio face ao início do ano.
Um assunto que mereceu já a publicação, por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), de um comunicado onde se refere que o novo programa de financiamento do alojamento estudantil vai ser apresentado e discutido em Lisboa na próxima segunda-feira, numa sessão que decorrerá no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, e no dia seguinte no Porto, nas instalações da Agência Nacional de Inovação, lembrando o Governo que o objetivo deste novo financiamento “é alargar a oferta atual do alojamento estudantil em mais 15 mil camas a preços acessíveis” e disponibilizadas, como acrescenta, “através de residências para estudantes do ensino superior”, ao abrigo do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior.
Também a página da agência ERASMUS+, responsável pela gestão e monitorização do plano nacional de alojamento, refere que no âmbito deste plano “poderá ser atribuído um montante máximo de 27.500 euros por cama para a construção, reabilitação e equipamento de novos alojamentos”, enquanto que para a requalificação e modernização de alojamentos existentes, o montante a disponibilizar deverá rondar, no máximo, os 8.500 euros por cama.
Entretanto, foi publicado na passada sexta-feira, em Diário da República, um aviso destinado aos promotores e às empresas de construção que estejam interessadas em apresentar as suas propostas, para que o façam até ao dia 28 deste mês de fevereiro, sujeitando-se posteriormente à avaliação do Ministério da Ciência e Ensino Superior que irá analisar, proposta a proposta, segundo critérios que passam pela “inovação na construção e pela capacidade de execução até março de 2026”.
Neste comunicado, o MCTES justifica também qual o objetivo de realizar duas sessões para discussão e apresentação do programa de financiamento para o alojamento estudantil, em Lisboa e no Porto, referindo tratar-se de uma forma de “estimular o debate entre promotores e empresas de construção” que de algum modo pretendam estar envolvidas no projeto de residências estudantis, lembrando que nas sessões de apresentação do programa estão incluídos também “debates sobre inovação e qualidade na construção de residências estudantis”.