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Novo presidente do Eurogrupo deve ter liderança forte para unir zona euro

Novo presidente do Eurogrupo deve ter liderança forte para unir zona euro

O Governo português defendeu ontem, no Luxemburgo, que a escolha do futuro presidente do Eurogrupo deverá privilegiar um perfil de liderança forte, capaz de unir os países da zona euro em torno do aprofundamento da União Económica e Monetária.
“Um bom dia para Portugal”

Ricardo Mourinho Félix, que representou Mário Centeno na reunião dos ministros das Finanças da zona euro, considerou ainda que a intenção do holandês Dijsselbloem em completar o seu mandato tem já reduzida relevância face ao novo ciclo que se irá abrir, reafirmando também a disponibilidade portuguesa de contribuir para o futuro do projeto europeu.

“Neste momento, mais do que a continuação (de Dijsselbloem) por mais um mês ou dois, o que é importante é escolher um presidente que tenha as características e o perfil para unir o Eurogrupo, para ter uma liderança forte, e que permita unir os países em torno daquilo que é o aprofundamento da União Económica e Monetária. Portanto, não é a questão de um mês ou dois que se vai pôr aqui. Foi a decisão do Eurogrupo fazer a eleição a 4 de dezembro, não estamos assim tao longe dessa data”, afirmou o governante.

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças sublinhou que “neste momento abre-se um novo processo para escolha do novo presidente”, considerando, por isso, que “esta discussão se faça com tranquilidade, com ponderação das diversas alternativas”.

Mourinho Félix reiterou, por outro lado, que, em sua opinião e no entender do Governo português, ainda que não exista qualquer candidatura nesse sentido, o ministro Mário Centeno “tem um conjunto de características que o tornam elegível, caso assim seja o interesse também dos outros países”.

“Não existe nenhuma candidatura. Existe uma disponibilidade para contribuir para o projeto europeu, para discutir o projeto europeu e, para caso seja essa a vontade de uma massa crítica de países, poder desempenhar essas funções”, apontou, insistindo que, nesta altura, o que existe é apenas um conjunto de “contactos, conversas e discussões” sobre o perfil do futuro presidente do Eurogrupo.