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Novo cabo submarino fortalece conectividade atlântica e aposta na transição digital e energética

Novo cabo submarino fortalece conectividade atlântica e aposta na transição digital e energética

O primeiro-ministro presidiu ontem em Sesimbra, distrito de Setúbal, à cerimónia que assinalou a amarração do cabo submarino ‘Equiano’, da Google, que passará a ligar o continente europeu ao africano, com António Costa a garantir que este é mais um instrumento no reforço da “defesa das democracias liberais e da Aliança Atlântica”, aprofundando, também, a aposta estratégica do país na transição digital e energética.

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António Costa, cabo submarino da Google

Numa cerimónia simples, mas de grande importância e significado para a segurança do “mundo ocidental, para as democracias liberais e para a Aliança Atlântica (NATO)”, como referiu o primeiro-ministro, foi ontem assinalada em Sesimbra a amarração do cabo submarino da Google, que passará a ligar a Europa ao continente africano, uma operação que deverá estar totalmente operacional dentro de uma semana.

Tal como sustentou António Costa nesta cerimónia, realizada na Fortaleza de Sesimbra, estes cabos submarinos transatlânticos, quer os que ligam o continente europeu ao americano, quer o que agora a Google lançou, representam na “conectividade atlântica”, um dos “vetores de segurança fundamental para o mundo ocidental”, um valor acrescentado, como reforçou, “quando estamos apenas a um mês da cimeira da NATO em Madrid”.

O primeiro-ministro chamou ainda a atenção para a importância estratégica que esta ligação representa para as democracias europeias e para a sua conexão com África, lembrando que numa altura em que “todos olhamos com natural angústia e preocupação” para a necessidade de reforçar as defesas da Aliança Atlântica na sua fronteira leste, é igualmente essencial “não descurar a proteção do espaço transatlântico”, referindo a propósito António Costa “ser este o espaço da grande comunidade da Europa e dos Estados Unidos da América, e a base de fundação da NATO”, um flanco que, para o líder do executivo, “não podemos, nem devemos, descurar”.

Quanto ao peso estratégico de Portugal em todo este puzzle, o primeiro-ministro voltou a reafirmar que o país desempenha um papel decisivo, não só ao nível das ligações por cabos submarinos que ligam a Europa aos Estados Unidos da América e a África, mas igualmente “enquanto grande ‘hub’ para as ligações aéreas entre os três continentes e como potencial porta de entrada de gás liquefeito para a União Europeia”.

“Este cabo permite-nos pensar o futuro estrategicamente, um futuro em que queremos ser campeões da transição digital e da transição energética e no qual fundamos a base do nosso desenvolvimento”, disse ainda António Costa.

Nesta cerimónia, em que para além do primeiro-ministro, estiveram ainda presentes, entre outras individualidades, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, a embaixadora dos Estados Unidos da América, Randi Charno Levine, e o responsável em Portugal da Google, Bernardo Correia, que na ocasião deixou a garantia de que o novo cabo submarino ‘Equiano’ vai permitir, em relação ao último que foi construído entre a Europa e África, aumentar em cerca de 20 vezes a velocidade da internet, tornando deste modo “ainda mais fácil as trocas comerciais e de dados” entre os dois continentes.

Investimento histórico

Com a construção desta autoestrada de informação, que o primeiro-ministro chamou de “investimento histórico”, com um impacto económico de 500 milhões de euros por ano, como foi garantido pelo responsável da Google em Portugal, fica aberta a porta, como aludiu o chefe do Governo, a uma melhor e mais fácil ligação com claros “benefícios para a população portuguesa, africana e europeia”.

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