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Navio elétrico vai elevar o transporte fluvial a serviço público de referência internacional

Navio elétrico vai elevar o transporte fluvial a serviço público de referência internacional

O primeiro-ministro marcou hoje presença na travessia inaugural do primeiro de dez novos navios elétricos que vão passar a integrar a frota da Transtejo e da Soflusa na ligação entre as duas margens do rio Tejo.

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António Costa

António Costa concretizou esta manhã mais uma promessa do Governo, ao inaugurar no Seixal a primeira viagem de um navio elétrico que passará a ligar as duas margens do rio. Oportunidade para que lembrasse a importância deste passo na modernização do transporte público na Área Metropolitana de Lisboa (AML), referindo ser este um “investimento crucial” também no combate às emissões de gases com efeitos de estufa.

De acordo com o chefe do Governo, são investimentos como este, quer no transporte público, quer em outras áreas, que poderão colocar Portugal numa posição cimeira na luta contra as emissões de gases com efeito de estufa, destacando, a este propósito, a importância do investimento nas minas de lítio, um minério, como lembrou António Costa, que é essencial para a eletrificação, quer das baterias dos telemóveis, dos carros do futuro ou do “barco que hoje fez a viagem inaugural no rio Tejo entre o Seixal e Lisboa”.

O serviço que a Transtejo e a Soflusa prestam, ainda segundo o primeiro-ministro, “é da maior importância”, sendo que a descarbonização do serviço representa um passo em frente na “contribuição para a diminuição da emissão dos gases com efeito de estufa”. Na cerimónia desta manhã, o primeiro-ministro voltou a lembrar que tudo está programado para que este navio entre ao serviço, em definitivo, já a partir do próximo mês de fevereiro, numa altura, como garantiu, em que outras unidades se lhe juntarão.

Insistiu na importância de Portugal não desprezar a aposta na exploração e na comercialização do lítio, não só porque o país não pode menosprezar uma das “maiores reservas europeias deste minério”, como a sua exploração ajudará a fortalecer e a “valorizar a nossa economia”.

Neste sentido, voltou a defender que Portugal não deve ficar de fora da nova revolução energética, referindo situações e cenários anteriores, numa altura, como salientou, em que se alegava que Portugal não tinha recursos naturais.

Uma fundamentação que, para António Costa, não só está há muito ultrapassada, como hoje é sabido que Portugal dispõe de um conjunto importante de recursos, “não só no solo, mas no vento e nas suas imensas reservas de lítio”.

Renovação da frota

Presente nesta cerimónia, o ministro do Ambiente e da Ação Climática garantiu, durante a viagem entre o Seixal e Lisboa, que com a compra do novo navio ‘Cegonha Branca’ “cumpre-se um passo fundamental” para a renovação da frota da Transtejo, considerando esta operação um passo decisivo nos “ganhos ambientais”, mas também “nas vantagens operacionais e sociais”.

Duarte Cordeiro relembrou que este é o primeiro navio elétrico de uma encomenda total de dez e que as obras de instalação dos postos de carregamento dos navios estão em curso, prevendo o Governo que possam estar concluídas em dezembro, as do Seixal, seguindo-se as do Montijo, em fevereiro, Cais do Sodré, em maio, e Cacilhas, em junho.

Para o Governo, disse-o António Costa, e reiterou o ministro do Ambiente, este é um projeto que “vai elevar a operação de transporte fluvial de passageiros a um serviço público de referência internacional, fiável, seguro, confortável e sustentável”, contribuindo de “forma decisiva” também para a descarbonização da mobilidade da AML e permitindo evitar “o consumo de mais de cinco milhões de litros de gasóleo, o correspondente a uma poupança de emissão de gases com efeito de estufa superior a 13 mil toneladas de CO2”.

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