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Ministro do Planeamento assegura perspetiva de igualdade no PRR

Ministro do Planeamento assegura perspetiva de igualdade no PRR

Ministro do Planeamento assegura perspetiva de igualdade no PRR

Nelson de Souza, ministro do Planeamento, foi o convidado de Elza Pais na mais recente edição do Podcast PPUE 21. ‘Recuperar Portugal e combater as desigualdades’ foi o tema da conversa, que abordou o Plano de Recuperação e Resiliência. Elza Pais revelou que as Mulheres Socialistas apresentaram um contributo no âmbito da Consulta Pública, que terminou na segunda-feira; Nelson Souza declarou que o PRR tem contemplada uma perspetiva de género que tem de estar aberto “precisamente aos contributos que se destinam a aprofundar esse tipo de medidas”.

Elza Pais citou o próprio PRR para explicar que “as MS-ID analisaram o PRR e apresentaram também um conjunto de contributos, tendo em vista melhorar a vertente do equilíbrio e género no PRR, que já de si tem essa componente transversalmente incorporada”; e aproveitou para revelar que o documento foi analisado e debatido pelas dirigentes nacionais, que decidiram apresentar um contributo.

O ministro do Planeamento lembrou que “o PRR é um Plano que integra a perspetiva de género”, na sequência da aprovação da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030, que privilegia como eixo central de intervenção a promoção da igualdade entre mulheres e homens, assente na combinação de ações específicas com a integração da perspetiva de género de forma transversal”. Nelson de Souza acrescentou que “nesta fase, o Governo está preocupado em resolver problemas estruturais graves, que constituem bloqueios ao desenvolvimento do país” e que “a desigualdade, tão transversal, é um desses bloqueios que temos de ultrapassar”. Nelson de Souza acredita que “com o PRR vamos ter a capacidade de ser inovadores em soluções de transição climática e digital, mas sobretudo vamos ter a capacidade de criar resiliência, enquanto o país recupera desta crise pandémica”.

O contributo das MS-ID

Para o desenvolvimento de um modelo de apoio domiciliário inovador, as MS-ID sugerem que o PRR integre um estímulo ao emprego de homens numa área de trabalho marcadamente protagonizada por mulheres, rompendo dessa forma com a segregação de género, muito associada a este tipo de profissões.

No âmbito das Operações integradas em comunidades desfavorecidas nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, surge a uma medida de apoio ao empreendedorismo de pequenos negócios de base local, endogeneizando as iniciativas, criando rendimentos para a comunidade e aumentando a sustentabilidade global da intervenção para lá da vigência do plano. As MS-ID sugerem o reforço da componente de género nos apoios que vierem a ser atribuídos, assegurando que as mulheres ligadas a pequenos negócios de base local, bastante mais afetadas pelo desemprego gerado pela crise pandémica, possam retomar a sua atividade.

Na componente ‘Qualificações e Competências’ do PRR, as MS-ID saúdam a adoção da agenda de promoção do trabalho digno e o enfoque no combate à desigualdade entre mulheres e homens. Não obstante, e com o objetivo de favorecer a concretização destes objetivos, as MS-ID pedem que as medidas ‘Incentivo Adultos’ (Plano Nacional de Literacia de Adultos e Impulso Adultos) e ‘Impulso Jovem STEAM’ tenham associado um estímulo positivo à participação de mulheres nas áreas STEAM, designadamente através da adoção de uma quota de 40% de lugares abrangidos pelos apoios, que venha a ser preenchida por mulheres, de acordo com o limiar do equilíbrio de género estabelecido pela Lei da Paridade.

Finalmente, com o objetivo de reforçar as competências digitais dos trabalhadores do setor empresarial, o PRR prevê atingir 800 mil formandos com diagnósticos de competências digitais, planos de formação individual e acessos a formação online, pelo que as MS-ID sugerem a adoção de medidas que assegurem o equilíbrio de género no acesso a esta formação.