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“Morte de Ihor Homeniuk envergonha-nos a todos enquanto sociedade”

“Morte de Ihor Homeniuk envergonha-nos a todos enquanto sociedade”

O Secretário-geral adjunto do Partido Socialista, José Luís Carneiro, considera que a morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk, sob tutela do SEF, é “um caso que nos envergonha a todos, enquanto sociedade”, perante a gravidade do qual temos o dever de assumir “uma responsabilidade coletiva”.
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“Temos todos que lamentar a morte de um cidadão e lamentar profundamente os termos em que ocorreu esta morte. Todos nós temos uma responsabilidade coletiva por se verificar uma situação grave desta natureza nos serviços do Estado”, começou por referir o dirigente socialista, no programa ‘Casa Comum’ da Rádio Renascença, realçando também a dimensão do apoio devido pelo Estado à família da vítima.

“Do meu ponto de vista, esse apoio devia ter sido imediato, quer no contacto, quer na disponibilização dos meios fundamentais. Esse apoio foi, entretanto, já decidido por parte do Governo, mesmo sem que haja já uma decisão definitiva relativamente aos termos da responsabilidade do Estado”, assinalou.

Na ótica de José Luís Carneiro, contudo, a gravidade deste caso e a resposta que se exige, não nos deve fazer incorrer no erro de “confundir a árvore com a floresta”, quer no que respeita às medidas que foram tomadas, quer na preservação do Estado de direito e de um serviço importante ao seu cumprimento.

“É importante lembrar que todos os procedimentos que são obrigatórios e as determinações que estão ao alcance do ministro da Administração Interna forma cumpridas”, disse, apontando a abertura do inquérito para averiguar os factos, o apuramento de responsabilidades, nomeadamente com a suspensão de funções, e a comunicação dos factos apurados para o Ministério Público.

“Neste caso, não apenas ocorreu a suspensão como ocorreu mesmo a detenção, por parte da polícia judiciária, daqueles que tinham a responsabilidade de garantir o cumprimento das normas legais e, sobretudo, o respeito pelos direitos humanos”, sinalizou o ‘número dois’ da direção do PS.

“Não podemos com este caso pôr em causa, também, o esforço, a dedicação e o sentido de missão de trabalhadores abnegados que ao longo da história do nosso país deram garantias do cumprimento do próprio Estado, nomeadamente para termos conseguido avançar como país de responsabilidade no controlo da fronteira externa”, acrescentou.

Sobre as circunstâncias de exercício político do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro expressou uma conclusão clara.

“Substituir o ministro numa altura em que tem em mãos, precisamente, a reforma dos serviços, detetadas que estavam também falhas no seu funcionamento, não solucionaria nenhuma das necessidades imediatas do Estado”, afirmou.