home

Moção de censura ao Governo é um ato irresponsável e inconsequente

Moção de censura ao Governo é um ato irresponsável e inconsequente

“Nem um ano volvido sobre a realização de eleições, a apresentação da segunda moção de censura ao Governo mostra uma vez mais que a disputa da liderança da oposição à direita é a única coisa que preocupa os partidos da direita no nosso país”, sustentou hoje, no Parlamento, o Secretário-Geral Adjunto do PS, João Torres.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

João Torres

Considerando a apresentação de uma moção de censura ao Governo por parte da Iniciativa Liberal um “ato irresponsável e inconsequente”, João Torres encerrou o debate parlamentar a garantir que “não será agora, perante vicissitudes e fundamentalmente perante uma grave crise internacional, que o PS se vai deixar acantonar ou menorizar”.

“Bem pode a Iniciativa Liberal rejeitar uma certa colagem ao Chega. No estilo, o certo é que a cola está lá”, comentou o também vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, que asseverou que “o PS coloca linhas vermelhas perante a extrema-direita”. Por outro lado, “o PSD e a Iniciativa Liberal deambulam nesse limbo oportunista”.

João Torres salientou que “a história dos primeiros dez meses deste Governo honra os compromissos que foram assumidos pelo PS com os eleitores”. “O que frustra a direita é que os resultados do ano de 2022 obrigam as oposições a reescrever o guião. É certo que do Chega ninguém espera mudanças, mas o PSD tem a obrigação de ser mais do que um partido de meros ‘soundbites’ e a Iniciativa Liberal deve abandonar esta sua forma de fazer oposição que não passa de uma espécie de cassete de rankings que está gasta, que não cola com a realidade”, disse.

Admitindo que “uma crise inflacionista com esta dimensão não estava no mapa do Governo”, o dirigente socialista assegurou que o PS tem “consciência das dificuldades que os portugueses sentem todos os dias ou todos os meses quando vão ao supermercado ou pagam as suas contas de casa, contas essas que foram atenuadas através de uma ação enérgica por parte do Governo quer para as famílias, quer para as empresas”.

“A resposta do PS perante as crises é diametralmente diferente da resposta da direita. Perante as crises, o Partido Socialista respondeu e continuará a responder com solidariedade”, vincou.

João Torres deixou em seguida algumas questões: “Alguém acredita que a direita é hoje uma alternativa? Alguém acredita que a direita saberia gerir melhor uma crise? Alguém acredita que a opção da direita seria a solidariedade e a valorização dos rendimentos?”.

O vice-presidente da bancada socialista fez também um curto resumo histórico do PS: “O Partido Socialista é o partido herdeiro dos movimentos políticos liberais que estiveram na origem da primeira Constituição no início do século XIX. O PS é herdeiro dos valores e do ideário republicano que conduziram à implantação da República Portuguesa no início do século XX. O PS é herdeiro de movimentos que combateram a ditadura na clandestinidade e ajudaram a fundar e a consolidar a democracia há quase 50 anos. E, ao longo das últimas cinco décadas, fomos o partido das liberdades individuais, dos direitos sociais, do Serviço Nacional de Saúde ou da Europa contra ventos e contra marés”.

“E, já neste milénio, face às crises, rebatemos a austeridade, combatemos a pandemia, zelámos pelo crescimento e pelas contas certas”, concluiu.

ARTIGOS RELACIONADOS