Ministra da Presidência propõe dia de luto nacional por vitimas de violência doméstica
A nova titular da pasta da Presidência e da Modernização Administrativa vai propor que, na próxima quinta-feira, o Conselho de Ministro decrete o dia 7 de março como dia de luto pelas vítimas de violência doméstica e de violência contra as mulheres, um dia em que os portugueses, segundo Mariana Vieira da Silva, para além de “homenagear as vítimas e as suas famílias”, devem assumir coletivamente que querem “renovar o propósito de continuar o combate a este flagelo” social.
A ministra falava esta manhã, no âmbito da subcomissão parlamentar para a Cidadania e Igualdade de Género, defendendo que em nenhum caso se pode “desvalorizar a dimensão simbólica” de informar e consciencializar a sociedade para o fenómeno da violência doméstica.
De facto, como acrescentou, só com uma sociedade cada vez mais consciente e alertada sobre a verdadeira dimensão da violência doméstica e da violência contra as mulheres é que será possível avançar não só com uma capacidade de resposta mais sustentada, mas igualmente manter e desejavelmente aumentar o rumo dos últimos três anos de “continuidade em matéria de políticas públicas”, sendo que na opinião da governante a questão será tanto mais bem resolvida “quanto maior for o consenso”.
Segundo a ministra Mariana Vieira da Silva, apesar das muitas medidas que o Governo do PS tem vindo a tomar nos últimos três anos sobre este tema da violência sobre as mulheres, “nem tudo está ainda feito”, reconhecendo a governante que as iniciativas que foram sendo tomadas e aprovadas desde o começo desta legislatura ajudaram a que exista uma clara perceção, por parte da sociedade, de que as respostas a este fenómeno estão hoje bastante “mais bem distribuídas pelo território” e que o Estado responde hoje “cada vez melhor” criando assim “ mais confiança”.
Para a ministra da Presidência, combater a violência doméstica é uma tarefa que exige o empenho e a participação de todos, “sejam homens ou mulheres, partidos políticos, tribunais, polícia ou sociedade civil”, defendendo que este deve ser também um combate contra a “banalização e a indiferença” em relação ao fenómeno da violência doméstica e da violência contra as mulheres.