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Miguel Costa Matos: “Precisamos de atualizar a política aos novos tempos e desafiar as novas gerações a participar”

Miguel Costa Matos: “Precisamos de atualizar a política aos novos tempos e desafiar as novas gerações a participar”

O recém-eleito Secretário-geral da JS defende que é preciso adaptar a forma de fazer política aos desafios dos novos tempos e das novas tecnologias, chegando às novas gerações e desafiando-as a participar.

Miguel Costa Matos: “Precisamos de atualizar a política aos novos tempos e desafiar as novas gerações a participar”

Falando ao podcast do PS ‘Política com Palavra’, Miguel Costa Matos revela que a JS pretende lançar a discussão, no primeiro trimestre de 2021, “sobre as grandes reformas que o país precisa de fazer” e elege um conjunto de temas, “onde haja injustiça, onde haja fragilidades sociais”, que não podem ficar fora da mesa do debate.

“A política tem de ser interativa, ágil, aberta. As pessoas já não aceitam vir para os partidos apenas para abanar bandeiras, entregar folhetos ou ouvir conferências. As pessoas querem dar a sua opinião, querem discutir política (…) e querem que essa discussão seja consequente”, aponta o deputado e líder dos jovens socialistas, acentuando que é preciso “atualizar a política aos novos tempos em que vivemos”.

Um desafio que, na ótica de Miguel Costa Matos, deve mobilizar o partido, mas também a própria estrutura dos jovens socialistas: “Há poucas pessoas a participar na JS ou no PS que venham do ensino profissional, ou que não tenham ido para o ensino superior, ou que estejam a trabalhar em setores mais precários, seja turismo, comércio, call centers. Temos de puxar mais por elas, temos de ir ao encontro de quem não sente que pode participar”.

Na entrevista, conduzida pelo jornalista Filipe Santos Costa, o novo líder da JS deixa também uma advertência, a propósito do terreno que está a ser conquistado por partidos extremistas, como o Chega, de que não se pode ignorar “que haja sítios e pessoas onde o Estado está muitas vezes pouco presente e não consegue dar respostas, que sintam que o elevador social está avariado”, lembrando que este deve ser um desafio permanentemente assumido pelos socialistas.

Para Miguel Costa Matos, os últimos cinco anos foram, “claramente, um período de profundas reformas em várias áreas governativas”, sendo este um caminho que deve ser prosseguido e que convoca, por isso, à renovação de um entendimento entre os partidos de esquerda.

“É justamente por termos conseguido tantas reformas e permanentemente virar a página da austeridade e da ‘troica’, que é necessário agora renovarmos a geringonça”, defendeu, lançando o desafio: “Vamos lá voltar a sentar-nos, como fizemos com Mário Soares e Manuel Carvalho da Silva, com as sessões da Aula Magna e o congresso democrático das alternativas”.

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