Melhor ano de sempre na execução de fundos comunitários
Perante estes dados, garantiu o primeiro-ministro, que falava na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, no ciclo de audições públicas sobre a Estratégia Nacional para Portugal no pós-2020, está aberta a possibilidade para que, até ao final de 2017, se possa “rever em alta” o objetivo estipulado para este ano e aumentar os apoios às empresas.
Com o Portugal 2020 “em velocidade de cruzeiro” e com bons resultados para apresentar nesta matéria, sustentou o primeiro-ministro, importa agora “olhar para o Portugal pós-2020”, lembrando que este é o “momento adequado”, uma vez que, como salientou, é já na próxima primavera que a Comissão Europeia vai apresentar as suas próprias propostas sobre a Europa 2030. Sendo necessário, como aconselhou, que Portugal tenha até lá uma “estratégia definida e efetivamente nacional”.
Para que este desiderato possa ser atingido, adiantou o chefe do Executivo, importa “envolver” o conjunto dos diferentes agentes económicos e sociais do país, aconselhando-os a que se “empenhem e se batam pelo melhor quadro financeiro plurianual” nos vários fóruns que terão lugar em diversos países da União Europeia.
Lembrando que se desta vez, com a saída do Reino Unido, haverá menos um país a “acrescentar as habituais resistências às políticas tradicionais da União Europeia”, o primeiro-ministro lembrou também, por outro lado, que haverá “menos um contribuinte importante”, chamando por isso a atenção para o envelope financeiro que deverá ser gasto em matérias como a segurança ou na resposta a novas “dimensões políticas” até agora não consumidoras de recursos financeiros, como as “relacionadas com as migrações”.
António Costa fez ainda questão de alertar que, se Portugal efetivamente pretende fazer uma boa negociação com as instâncias europeias, terá antes de mais que “definir uma estratégia de negociação”, lembrando a importância e o papel determinante das autarquias para “priorizarem as matérias e as áreas pelas quais Portugal se irá bater”.