No final de uma curta cerimónia no Palácio de Belém, na qual estiveram presentes, para além do Presidente da República, que deu posse ao novo membro do Governo, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e a antecessora no cargo, Marta Temido, Manuel Pizarro reiterou o empenho, que tem sido prosseguido pelo executivo socialista, no reforço do setor.
“Serão sempre necessários mais meios e é também muito importante utilizar da forma mais eficaz possível os meios. Todos os casos em que há dificuldades de recursos são casos que têm que preocupar quem tem responsabilidades na área da saúde”, apontou.
Prosseguir a estratégia de reforço do SNS
O primeiro-ministro e líder socialista, depois de deixar um agradecimento a Marta Temido por “toda a dedicação e empenho e o serviço prestado ao país”, de que foi exemplo o esforço de combate à pandemia, elogio que António Costa estendeu aos antigos secretários de Estado António Lacerda Sales e Maria de Fátima Fonseca, agradeceu, por sua vez, a Manuel Pizarro pela sua disponibilidade para regressar a Portugal – visto que estava a exercer funções como deputado no Parlamento Europeu – encontrando, agora, “outra forma de servir a saúde dos portugueses para além da sua própria qualidade de médico”.
Destacando que o novo ministro “é um político muito experiente”, tendo exercido funções na Assembleia da República, no Parlamento Europeu, como autarca e como secretário de Estado no setor da Saúde, “além da sua própria experiência e qualidade profissional como médico”, António Costa realçou que Manuel Pizarro tem todas as condições para “prosseguir a execução do programa de Governo, dar continuidade às reformas em curso e prosseguir a estratégia de reforço do Serviço Nacional de Saúde”.
“E é por isso que a aprovação do estatuto do SNS ainda em julho, quer com a perspetiva de termos uma melhor organização, designadamente pela criação da nova direção executiva, quer com novas perspetivas para a carreira, designadamente para a possibilidade de regulamentarmos a dedicação plena dos profissionais, dá-nos mais ferramentas para podermos ter uma melhor organização e gestão mais eficiente”, acrescentou.
Sobre as críticas de alguns partidos da oposição à escolha do novo titular da pasta da Saúde, António Costa observou que “as oposições têm sempre que encontrar alguma coisa para dizer e raras vezes são muito imaginativas”, afirmando que estranho seria se tivesse escolhido um “adversário do PS” para o cargo.
“Diria que ficaríamos todos mais surpreendidos, e provavelmente aqueles que votaram no PS teriam boas razões para criticar, se em vez de ter nomeado alguém do PS tivesse nomeado um adversário do PS. Isso é que me pareceria bastante estranho”, apontou, com ironia, o líder do Governo socialista.