No final de uma reunião que ontem manteve com autarcas da Comunidade Intermunicipal do Oeste, o ministro Manuel Pizarro deixou a garantia de que vai analisar “exaustivamente” os elementos complementares que “venham a revelar-se úteis” do estudo que as autarquias encomendaram, destacando que a decisão será tomada pelo Ministério da Saúde até ao final do mês de março do próximo ano.
Em nome dos autarcas da região Oeste, o presidente da Comunidade Intermunicipal, Pedro Folgado, enalteceu o compromisso assumido pelo Governo de avançar com a localização do novo hospital até março de 2023, com o ministro Manuel Pizarro a remeter para fase posterior a definição do “perfil assistencial” da nova unidade hospitalar, “o lançamento do concurso público, a elaboração do projeto e a definição do modelo de financiamento”.
Nesta reunião com os eleitos locais, o ministro da Saúde aventou a hipótese de se poder avançar para a construção e manutenção desta unidade hospitalar recorrendo a uma parceria público-privada, uma solução que, segundo Manuel Pizarro, “teria a vantagem de não envolver verbas do Orçamento do Estado”, garantindo, contudo, que o OE2023 conta com as verbas necessárias.
Com a certeza de que a conclusão da obra irá levar necessariamente alguns anos, o ministro reconheceu, igualmente, a necessidade de realizar obras de manutenção nos dois edifícios hospitalares de Torres Vedras e das Caldas da Rainha, ainda que as intervenções, como advertiu, e perante a decisão já tomada de se avançar com a construção do novo hospital, não se justifiquem como “muito vultuosas”.
O Centro Hospitalar da região Oeste, que serve hoje cerca de 300 mil habitantes, integra as unidades de saúde das Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Cadaval, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras, estendendo ainda a sua atividade a parte da população residente nos concelhos vizinhos de Alcobaça e de Mafra.