“Depois de décadas de planos e de promessas adiadas, Sines é hoje, finalmente, uma certeza de desenvolvimento industrial e logístico no nosso país”, asseverou o socialista durante o período de declarações políticas, apontando que, “até por aquilo que nestes dias acontece a leste na Europa”, Sines assume um “potencial estratégico ainda para mais associado ao potencial da Zona Económica Exclusiva de Portugal, a segunda maior da Europa e a 19ª do mundo”.
O socialista clarificou que Sines tem um “complexo industrial e portuário, aproveitando as suas condições naturais e estratégicas e potenciando o seu porto de águas profundas, que pode receber qualquer navio do mundo, de qualquer tonelagem”. “Sines possui, além disso, um terminal de armazenamento de Gás Natural Liquefeito (GNL) dos mais eficientes da União Europeia”, acrescentou.
Jorge Seguro Sanches congratulou-se por Sines ser hoje “um motor em crescimento da economia nacional, quer através da sua inserção logística global, quer na aposta da transição energética e na transição digital”. Ora, neste último ponto, o socialista revelou que a “empresa responsável pelo desenvolvimento do Hyperscaler Data Centre Sines 4.0 iniciou a construção da primeira fase do projeto, um investimento de 130 milhões de euros e conclusão prevista para o primeiro trimestre de 2023 com a criação de 70 a 100 novos postos de trabalho diretos”, estimando-se que durante este ano sejam criados 400 postos de trabalho indiretos.
“Este investimento é um resultado da existência de estações de amarração de cabos submarinos de telecomunicações e de centros de processamento e armazenamento de dados, em investimentos de 3,5 mil milhões de euros e que são ainda criadores de postos de trabalho também noutras regiões do país”, sublinhou.
Jorge Seguro Sanches informou que “este valor faz parte de um pipeline de investimentos privados – entre em curso, confirmados e potenciais – superior a 17 mil milhões de euros até 2030 – o equivalente a 8% do PIB nacional de 2021”.
“Toda esta dinâmica de investimento ilustra como Sines se está a tornar num hub da Europa com o mundo”, salientou o socialista, que elogiou as “capacidades naturais e de investimentos, mas igualmente de vontade e ação de muitos”, destacando os papéis do município e do Governo na área da internacionalização.
Entre tantos outros projetos que estão em curso na região, Jorge Seguro Sanches vincou “o aumento de capacidade na ligação entre Sines e a A2, que está incluída no PRR com um investimento de 60 milhões de euros e que se prevê iniciar a avaliação de impacte ambiental ainda este ano”. Também na ferrovia está em obra a modernização da linha de Sines e, “com grande importância para o porto de Sines”, está em construção a nova linha Évora-Elvas, que “irá encurtar em 140 quilómetros o itinerário até à fronteira de Caia”.
Todas estas “boas notícias” são “razões para que Portugal continue a apostar na concretização europeia das necessárias interligações, quer da eletricidade já assumidas em termos europeus no pacote ‘clean energy’ em 15% até 2030, ou do gás natural pela implementação de uma verdadeira rede que assegure também na energia os valores da rede de circulação entre Estados da União Europeia”, frisou o parlamentar.
“E aí, Sines, com o seu terminal GNL, pode ser a porta de entrada alternativa ao gás natural do oriente potenciando, de forma inovadora, novas formas de produção de energia renovável – onde Portugal é, pelas suas condições naturais, com potencial hídrico, eólico e solar, um dos países líderes mundiais”, concluiu Jorge Seguro Sanches.