Estes números foram hoje de novo lembrados pelo primeiro-ministro, em Ovar, distrito de Aveiro, na cerimónia de apresentação dos primeiros quatro meios aéreos da frota do Estado para apoio ao combate a incêndios rurais, adquiridos no âmbito do PRR, que decorreu no Aeródromo de Manobra nº1.
De acordo com António Costa, o governo que lidera aumentou onze vezes, desde finais de 2015, as verbas dedicadas à prevenção de incêndios rurais, o que corresponde, como salientou, a “61% do investimento anual no combate aos incêndios rurais”.
Acompanhado pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, António Costa destacou a “mudança de paradigma” introduzida pelo Governo na forma como o país passou a encarar a gestão integrada dos fogos rurais, especialmente no ponto, como elencou, em que se começou a “privilegiar a prevenção, sem descurar a necessidade de capacitação para o combate”.
Uma mudança que, para o primeiro-ministro, foi decisiva para que passasse a haver “resultados concretos” em matéria das metas fixadas no plano nacional de gestão integrada de fogos rurais. Objetivos “que foram largamente superados”, considerando o chefe do Governo uma mais-valia a decisão de atribuir à Força Aérea esta missão de “assegurar o planeamento da gestão e a operação da ação aérea de combate aos incêndios florestais”.
Tal como viria a lembrar o primeiro-ministro está prevista no total a aquisição pelo Estado, até 2025, de 11 helicópteros, num investimento que poderá rondar os cerca de 70 milhões de euros, pagos “exclusivamente pelo PRR”, sendo que as quatro primeiras unidades hoje entregues à Força Aérea, dois helicópteros médios Black Hawk e dois ligeiros Koala, se encontram devidamente preparadas para “cumprir a missão tão exigente como é a do combate aos incêndios rurais”.
Com estes meios, mais os três aparelhos do Estado que, entretanto, foram entregues em 2018 à gestão da Força Aérea, este ramo das Forças Armadas, ainda de acordo com o primeiro-ministro, passará a dispor de uma frota de 14 helicópteros que vão integrar “o dispositivo especial de combate a incêndios rurais já a partir de 2026”.
Cumprir um desígnio nacional
Também o chefe do Estado Maior da Força Aérea, Cartaxo Alves, presente na cerimónia, realçou a importância da atribuição desta missão à Força Aérea, lembrando que marca “o início da construção da capacidade própria do Estado naquele que era um desígnio nacional sufragado pelos portugueses no domínio do combate aéreo aos incêndios rurais”.
Segundo este responsável, a base dos helicópteros ficará concentra na futura Base Aérea número 8, em Ovar, que sofrerá obras de modernização, permitindo-lhe a partir daí como salientou “aumentar o seu dispositivo em meios humanos”, e a operar “duas esquadras de voo de combate a incêndios. Uma com helicópteros bombardeiros médios Black Hawk e outra com aviões bombardeiros pesados Canadair”, cuja entrega está prevista para 2027 e 2028.