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Habitação: Única medida viável é aumentar o parque público disponível

Habitação: Única medida viável é aumentar o parque público disponível

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS Maria Begonha culpou hoje os partidos que suportam o Governo por deixarem que a habitação “fique por cumprir”, ao chumbarem a proposta do PS sobre investimento em habitação pública a preços acessíveis.

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Lembrando que foi ontem rejeitada, em comissão, a proposta do Partido Socialista sobre investimento em habitação pública a preços acessíveis, especificamente dirigida à classe média e aos jovens, Maria Begonha defendeu que os partidos que a reprovaram “partilham uma incapacidade de compreender a realidade e a natureza de uma crise de habitação que afeta especialmente os rendimentos intermédios e os jovens, que estão asfixiados pelos preços incomportáveis das casas e pelo aumento astronómico das rendas”.

“A classe média não pode ter como única medida de resposta os apoios, que é uma medida conjuntural”, alertou a socialista durante a discussão das normas avocadas.

Por isso, “era imperativo que os vários partidos que votam contra esta proposta reconhecessem que a única medida que pode resistir ao tempo – para não estarmos daqui a 10 ou 20 anos a fazer o mesmo debate sobre faltar habitação a preços acessíveis – é mesmo aumentar o parque público disponível”, vincou.

De acordo com Maria Begonha, “é só com esse consenso alargado que podemos continuar o investimento para lá do universo de financiamento do PRR, continuar uma reforma na habitação que faça, de facto, o país avançar”.

Lembrando que o PSD “tanto fala de Portugal na cauda da Europa”, a vice-presidente da bancada do PS defendeu que “recai especial responsabilidade” sobre este partido em “viabilizar esta proposta, porque estamos perante um indicador onde desesperadamente o país precisa de convergir com a média europeia, quando temos um parque público que representa apenas 2%”, ou seja, é “quase inexistente”.

“A proposta do Partido Socialista representava uma dupla oportunidade para a AD e o Governo: por um lado, melhorar o seu orçamento como a resposta para combater a crise de habitação; e, por outro, cumprir a palavra do primeiro-ministro, que dizia que iria acolher as preocupações do Partido Socialista sobre habitação e alojamento estudantil”, asseverou.

Para Maria Begonha é claro: “Se a AD e o Governo não mudarem o seu sentido de voto, fica por cumprir a habitação e a palavra do primeiro-ministro”.

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