O socialista referiu, durante o debate preparatório do Conselho Europeu com a participação do primeiro-ministro, que “hoje em dia, na Europa, todos os caminhos vão dar à energia” e, por isso, “não é de espantar que no próximo Conselho haja um particular enfoque nos temas relacionados com a energia”.
“Mas do cardápio do Conselho Europeu faz também parte o debate acerca da capacidade de o setor industrial europeu se manter competitivo e de conseguir inovar e investir em tecnologias de futuro. E aqui entra, sem dúvida, o tema do hidrogénio verde”, sublinhou.
Afirmando que “caminhamos para economias cada vez mais eletrificadas”, o socialista frisou que “a eletricidade não será suficiente para cobrir várias necessidades de energia”.
Rui Lage lembrou depois que, “no passado, com governos do Partido Socialista, Portugal fez opções vanguardistas no campo das renováveis e para isso teve que vencer o imobilismo, o ceticismo e o pessimismo de muitas vozes que criticavam na altura o PS por ‘aventureirismo’”.
“Pois bem, estamos agora a colher os frutos desse aventureirismo”, salientou o deputado do PS.
O parlamentar indicou que se estima que “o hidrogénio possa representar, em 2050, cerca de 25% da energia mundial” e, por isso, “há uma corrida global ao hidrogénio com investimentos avultadíssimos para acelerar soluções tecnológicas que ainda não estão aperfeiçoadas”.
Rui Lage recordou que, na Cimeira Energética de Alicante da passada sexta-feira, “a presidente da Comissão Europeia declarou que o hidrogénio é um fator de mudança na Europa e é uma peça central na transição para a neutralidade carbónica”.
O socialista concluiu a sua intervenção com uma certeza: “Sempre que é preciso rasgar horizontes para o futuro do país, o PS está cá”.