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Governo toma medidas para conter focos localizados e garantir plano de desconfinamento

Governo toma medidas para conter focos localizados e garantir plano de desconfinamento

Governo toma medidas para conter focos localizados e garantir plano de desconfinamento

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que o Governo irá tomar medidas de ação específicas para os concelhos que revelam maior risco de incidência de Covid-19, tendo em vista identificar e conter focos e cadeias de transmissão, de modo a não comprometer o plano de desconfinamento para o conjunto do território.

No final da uma reunião, por videoconferência, com os autarcas dos sete municípios que observam uma incidência de contágios acima dos 240 casos por 100 mil habitantes (a 14 dias) – Alandroal, Carregal do Sal, Moura, Odemira, Portimão, Ribeira da Pena e Rio Maior -, o líder do executivo assinalou que, quer em relação a estes, quer para o conjunto dos 20 municípios com mais de 120 casos por 100 mil habitantes, é necessário tomar um conjunto de medidas específicas de controlo, “para evitar que daqui a 15 dias tenhamos de parar ou regredir” no plano de desconfinamento, “ou que alguns concelhos tenham de o fazer”.

Para António Costa, a reunião desta terça-feira, na qual também tomaram parte a ministra da Saúde, Marta Temido, e os secretários de Estado coordenadores do combate à pandemia, foi “muito útil, porque nos permitiu identificar um padrão comum no conjunto destas situações”, explicando tratar-se, na generalidade dos casos, “de surtos com origem em concentração de pessoas em habitação precária ou temporária, associadas a grandes obras públicas em curso ou a colheitas ou a unidades industriais que recorrem à habitação local”.

Neste sentido, adiantou, “em contacto com os Ministérios do Trabalho, das Infraestruturas, do Ambiente, da Agricultura, foi vista a necessidade de articular ações específicas da Autoridade para as Condições de Trabalho com as autoridades de saúde pública, para criar melhores condições sanitárias nesses locais de residência, e para desenvolver, nos casos em que ainda não estão em curso, ações de testagem massiva, tendo em vista detetar pessoas infetadas e quebrar as cadeias de transmissão”.

Também no âmbito do Ministério da Agricultura vão ser desenvolvidas ações preventivas, em parceria com as organizações de produtores, “com a difusão de boas práticas, com a testagem e com o acompanhamento permanente do desenrolar dessas atividades”.

António Costa dirigiu, também, um apelo às entidades patronais, “tendo em vista a melhor organização possível das suas condições de trabalho, a realização da testagem dos seus trabalhadores e o acompanhamento da sua situação”, a par do cumprimento das regras de proteção e distanciamento, evitando assim riscos acrescidos.

Segundo acrescentou o líder do Governo, foi ainda estabelecido que, “durante os próximos 15 dias, haverá um reforço dos efetivos da GNR ou da PSP em todos os concelhos que têm mais de 120 casos, tendo em vista reforçar as ações de fiscalização”.

Reforço de testagem e vigilância nas escolas

O primeiro-ministro garantiu, também, que o Governo está a acompanhar com atenção a evolução da maior transmissibilidade da variante britânica do novo coronavírus, sobretudo nos focos observados nas escolas, afirmando estar em curso um reforço da testagem e um alargamento da vigilância.

“Temos vindo a acompanhar muito de perto a situação. Como se recordam, houve uma testagem de todo o pessoal docente e não docente antes da abertura das creches, do pré-escolar e do 1º ciclo do básico. E, para um reforço do grau de proteção, está em curso uma vacinação massiva de todo o pessoal” docente e não docente de estabelecimentos de ensino, apontou.

Manter os cuidados

Lembrando que a pandemia ainda não passou, António Costa reiterou ainda o apelo “a todos os concidadãos que, com alegria e aproveitando o bom tempo, estão a aproveitar a reabertura de várias atividades, designadamente das esplanadas”, para que mantenham os cuidados e as regras de segurança recomendadas.

“É bom que o possamos fazer, mas é, sobretudo, bom que o possamos continuar a fazer, sendo essencial que vivamos este momento de reabertura com todas as cautelas”, concluiu.