Na visita que ontem efetuou ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, na companhia do coordenador da ‘task force’ da vacinação, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, onde foi acompanhar o processo de vacinação contra a Covid-19 de doentes em contexto de consulta externa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales congratulou-se com a visível recuperação da atividade assistencial que já começa a verificar-se um pouco por todas as unidades hospitalares do país, lembrando que depois de um período em que muitas consultas externas, designadamente de cuidados de saúde primários, de cuidados diferenciados, mas também de muitas cirurgias, se terem atrasado “em função da pandemia”, estão agora, aos poucos, a ser retomadas e a responder à procura.
Também o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo destacou a importância da vacinação na diminuição dos internamentos e das mortes por Covid-19, reafirmando que hoje está plenamente comprovado que as autoridades de saúde portuguesa estão a conseguir “administrar as vacinas que chegaram ao território nacional”, o que tem permitido, como acrescentou ainda o coordenador da ‘task force’, “proteger parte significativa da nossa população, sobretudo da mais frágil, o que se reflete nos números, quer de internamentos, quer no número de óbitos”.
Com o ritmo que a vacinação está a ter em Portugal, prosseguiu Gouveia e Melo, tudo aponta que para a semana, “já seja possível fechar a vacinação da faixa etária dos 60 anos, abrindo logo de seguida as faixas etárias para baixo”, lembrando a este propósito que o auto agendamento para a vacinação de quem tem mais de 55 anos “já está disponível”.
100 balcões de teleconsultas
Ainda na quinta-feira, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, declarou que o Governo estima que sejam instalados até ao final do ano, “nas cinco administrações regionais do país”, cerca de 100 balcões SNS24 destinados “à prestação de serviços digitais e de telessaúde”, uma garantia deixada ontem em Coimbra na cerimónia de assinatura de protocolos com dez autarquias da região Centro para a instalação do balcão SNS24 nas juntas de freguesia.
Para o governante, estes balcões são uma “solução engenhosa, simples e útil” porque não exigem, como justificou, “um investimento significativo em termos de infraestruturas”, mas permitem que as pessoas deixem de fazer deslocações desnecessárias, designadamente quando apenas precisam de marcar uma consulta ou um exame ou de fazer a renovação de uma prescrição médica, garantindo o secretário de Estado que estes espaços vão ajudar decisivamente a “reduzir a pressão” sobre os centros de saúde e sobre as unidades de saúde familiar, porque vão poder responder aos pedidos de “vários serviços” que passam a poder ser feitos através de uma teleconsulta.
Ainda segundo o governante, os balcões serão instalados nos edifícios das juntas de freguesia, uma solução que permite, como defendeu, “prestar apoio a quem tem pouca literacia digital ou que não tem acesso a equipamentos tecnológicos ou a internet”.