Governo renovado com aposta numa nova geração e garantia de continuidade

António Costa falava no Palácio de Belém, após o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter conferido posse aos novos ministros da Presidência e Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e do Planeamento, Nelson de Souza, bem como aos respetivos secretários de Estado.

O líder do Executivo socialista realçou ainda que as mudanças introduzidas observaram, igualmente, a preocupação de causar “o mínimo de descontinuidade nas atividades” do Governo. 

“É também a demonstração de que o PS conta com uma nova geração e que não precisa de repetir as mesmas caras, eleições após eleições, mandatos após mandatos. Felizmente, temos bons recursos que nos permitem assegurar um rejuvenescimento nesta continuidade, o que é importante para o país”, declarou.

Referindo-se aos novos membros do Executivo, António Costa congratulou-se com o facto de Portugal “ter uma nova geração de pessoas bem preparadas e muito qualificadas em todos os domínios”.

“São pessoas que, ao longo dos anos, têm demonstrado boa experiência em termos de ação executiva, quer ao nível autárquico, quer ao nível do Governo. Penso que estão em excelentes condições para assegurarem sem descontinuidade a boa execução do Programa do Governo nesta fase da nossa vida política”, defendeu o primeiro-ministro.

António Costa fez ainda questão de agradecer publicamente o contributo dado pelos ministros e secretários de Estado que cessaram funções, salientando as razões que justificaram a renovação.

“Esta é uma remodelação que se impunha para que não haja qualquer confusão entre a atividade governativa” e a futura campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, disse, numa alusão às saídas dos ministros Pedro Marques e Maria Manuel Leitão Marques, que vão integrar a lista do PS às europeias de maio.

Ainda de acordo com António Costa, a escolha de dois ministros com provas dadas no Governo para integrarem a lista, que o PS apresentará na Europa, procura “que Portugal possa ter uma representação qualificada”, considerando que “é saudável que haja membros do Governo disponíveis para servir o país” no Parlamento Europeu.

“O Parlamento Europeu não pode ser só um local de diletância política, ou de ‘sound-bites’. Para aumentar o peso de Portugal na Europa, considero essencial que tenhamos não só boa representação no Conselho e na Comissão, mas, igualmente, no Parlamento Europeu, tendo pessoas que têm já provas dadas ao serviço do país”, acrescentou.

“Simultaneamente, assegura-se que a atividade governativa não é perturbada neste momento. Preside evidentemente a estas mudanças uma lógica de continuidade, porque se trata do mesmo Governo para executar o mesmo programa, com o mínimo de descontinuidade nas atividades”, sublinhou.