Na Lousã, distrito de Coimbra, onde visitou a sede da Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça (Dueceira), onde funciona o Gabinete de Apoio à Vítima (GAV), Ana Catarina Mendes salientou que esta é mais uma ferramenta que irá contribuir para “quebrar o ciclo de violência”, reforçando as medidas de combate a um crime que atinge, como observou, “números impressionantes”.
A governante sublinhou que as ações de combate e prevenção a este flagelo, que “continua a ser um crime silencioso” e, infelizmente, “um espelho” da sociedade, já que “atinge todos os estratos sociais”, serão incrementadas ao longo de 2023, no âmbito de um reforço das verbas respetivas consignadas no Orçamento do Estado.
Adicionalmente, e face à urgência de “reagir mais rapidamente” no combate e prevenção destes crimes, a ministra com a tutela da igualdade adiantou que, já este ano, irá ser lançado “um mecanismo mais expedito” de apoio e denúncia, que tomará a forma de uma aplicação digital dissimulada que, de maneira anónima e direta, possa colocar as vítimas em contato direto com as entidades especializadas em assistência e apoio.
Ana Catarina Mendes lembrou, na ocasião, que o conjunto da sociedade enfrenta um crime que “é particularmente de vergonha”, sendo necessário, “para que a vergonha não se sobreponha”, prosseguir um trabalho iniciado em Portugal, há cerca de três décadas, e que abrange novas políticas e a evolução da lei criminal.
A ministra aproveitou ainda a visita à Dueceira, onde foi apresentada a Rede Intermunicipal de Apoio à Vítima de Violência Doméstica (RIAVVD), que inclui as componentes de GAV e de Respostas de Apoio Psicológico (RAP), para, em nome do Governo, expressar “um agradecimento a todas as associações e autarquias que combatem este flagelo” e que trabalham diariamente em prol da igualdade, sublinhando, também, a importância do trabalho desenvolvido “junto das forças de segurança, das famílias e das instituições em geral”.