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Governo está a apostar em modelo económico de melhores salários com crescimento

Governo está a apostar em modelo económico de melhores salários com crescimento

O presidente do Grupo Parlamentar do PS salientou hoje, no Porto, que a maioria absoluta “é um poder que se exerce com a sociedade” e também com a oposição, e garantiu que o foco do Governo socialista é prosseguir um modelo económico de melhores salários com mais conhecimento.

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Eurico Brilhante Dias, GPPS no Porto

No dia em que assinala um ano que “os portugueses disseram ao Partido Socialista e ao Dr. António Costa que tinham uma maioria absoluta para governar”, Eurico Brilhante Dias, que se encontrava a visitar a Fundação Serralves, frisou que o PS tem vindo a “trabalhar na valorização dos rendimentos e, em particular, na valorização dos salários”, que se consegue através de “uma mudança progressiva da oferta portuguesa no mundo, nas suas exportações em particular”.

“O norte do país tem um contributo único para os números que atingimos, que são números recorde de exportações”, disse.

O líder parlamentar do PS, que está no Porto para uma reunião descentralizada da direção da bancada focada na criatividade e inovação, assegurou que “não se aumenta os salários apenas trabalhando mais tempo”, sendo antes “com melhor trabalho e com uma oferta com mais valor acrescentado”.

“A inovação e a criatividade, que somam aquilo que temos aqui em Serralves com o trabalho de promoção da internacionalização que faz a AEP, com o excelente trabalho que os municípios têm vindo a fazer no apoio à captação de investimento direto estrangeiro, são pilares fundamentais para melhores salários”, sustentou.

Eurico Brilhante Dias referiu que, quando os socialistas vão ao Porto “valorizar o que se faz na área da inovação empresarial e social e também na área da criação”, estão a “valorizar um modelo económico que é o modelo de futuro – melhores salários com mais conhecimento”.

Governo tem a força que os portugueses lhe deram

O presidente da bancada socialista vincou em seguida que “a maioria absoluta não é um poder absoluto, mas é um poder que se exerce com a sociedade, com os atores, com os agentes económicos e sociais, e também com a oposição”.

Uma das provas de que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista tem cumprido o seu papel é que “não tem votado praticamente nenhuma iniciativa legislativa sozinho”, assinalou.

“O Governo, em particular com a liderança do Dr. António Costa, conseguiu algo inédito este século: um acordo com os sindicatos da função pública, um acordo de concertação social para os salários e rendimentos, e o processo de descentralização continua em parceria com os municípios”, indicou Eurico Brilhante Dias, que salientou que “o Governo tem a força que os portugueses lhe deram”.

O líder parlamentar do PS deixou depois um conselho aos social-democratas: “O PPD/PSD tem que se concentrar naquilo que é mais importante – ser alternativa ao PS e, em 2026, apresentar um programa alternativo ao do PS”.

Defendendo que, “neste momento, não há programa alternativo ao do PS”, Eurico Brilhante Dias lembrou que “é na democracia e na construção de alternativas que se faz o jogo democrático”.

Reagindo a críticas do presidente do PSD, Eurico Brilhante Dias recordou que, em 2013, houve uma “gravíssima crise política com uma demissão ‘irrevogável’”. “Não me lembro de o Dr. Luís Montenegro ter pedido a dissolução da Assembleia da República e ter pedido ao Professor Cavaco Silva eleições”, destacou.

Linha vermelha contra extrema-direita não se moveu um milímetro

Para Eurico Brilhante Dias, os partidos democráticos têm uma “elevadíssima responsabilidade que devem assumir coletivamente para não dar espaço àquilo a que assistimos ontem, um discurso de ódio”, durante a convenção do Chega em Santarém.

Frisando que “o Grupo Parlamentar do PS e o PS não estiveram presentes”, o líder parlamentar socialista explicou que “o Governo tem responsabilidades institucionais perante um partido com representação parlamentar e que tem direitos de oposição”.

Foi por isso que o executivo se fez representar pela ministra Ana Catarina Mendes, que “disse, de forma clara, que tinha sido um discurso de ódio e distanciou-se absolutamente de qualquer intervenção que tenha ocorrido”, afirmou, concordando com a posição da governante.

Em tom de crítica, Eurico Brilhante Dias asseverou que “quem tem ajudado a normalizar o comportamento desse partido extremista, antissistema democrático, populista, de extrema-direita tem sido quem tem feito acordos com o Chega”, numa alusão ao PSD.

“A linha vermelha que estabelecemos contra o Chega não se moveu um milímetro”, garantiu.

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