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Governo do PS voltou a dar força à Cultura enquanto área estratégica

Governo do PS voltou a dar força à Cultura enquanto área estratégica

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, destacou ontem no Parlamento que o setor cultural voltou a ser, com o atual Executivo, “uma área governativa estratégica”, projetada para os próximos anos e capaz de congregar a confiança dos agentes culturais.
Governo do PS voltou a dar força à Cultura enquanto área estratégica

Durante a sua intervenção na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, na última audição da legislatura, Graça Fonseca apontou o reforço e a nova dinâmica implementada na Rede Portuguesa de Museus, como exemplo de uma política pública que articula uma estratégia clara para o futuro e a valorização da memória.

O reforço da rede, com a entrada de 15 novos museus, passando a contar com 156 espaços museológicos em todo o país, vai permitir, salientou a governante, “que todos estes equipamentos beneficiem, de forma integrada e estruturada, do importante instrumento financeiro que é o Programa de Apoio a Museus”, que estabeleceu um montante global de 714 mil euros, dos quais 500 mil euros são atribuídos já em 2019.

“As obras de arte devem ser vistas por todos. Por isso, a Cultura deve articular instituições públicas e privadas e alargar-se dos centros urbanos para todo o território”, acrescentou Graça Fonseca, vincando uma lógica integrada de alargamento da oferta cultural e dos centros de interesse a todo o território.

Plano Nacional das Artes e Arquivo Sonoro para concretizar nesta legislatura

Perante os deputados, a ministra da Cultura afirmou que espera concretizar, ainda durante a atual legislatura, outras iniciativas estruturais do setor, como o Plano Nacional das Artes, cuja estratégia será revelada em junho, e a criação do Arquivo Sonoro Nacional, cujo plano se encontra já aprovado, aguardando a sua articulação com a tutela da Ciência e dos centros de investigação.

Graça Fonseca adiantou também que a recém-criada comissão para a aquisição de arte contemporânea pelo Estado terá até setembro para identificar as obras de interesse público, num trabalho que será mais vasto.

“O objetivo da comissão não é apenas adquirir, mas divulgar e dinamizar, procurar internacionalizar os artistas que venham a ter obras adquiridas”, disse.

A ministra indicou ainda que está já em exercício o grupo de trabalho sobre o futuro dos museus, presidido por Clara Camacho, que integrará representantes dos diretores de museus e monumentos nacionais e regionais, estando identificados seis temas de reflexão, que se relacionam com o recém-promulgado diploma sobre autonomia de gestão dos museus, como a gestão de coleções, modelos de organização e modelos financeiros, e o desafio da transformação digital.

Abertura a futuro museu da liberdade e da resistência no Porto

Sobre a proposta de instalação de um museu da liberdade e da resistência no Porto, nas instalações da antiga delegação da PIDE/DGS, a ministra afirmou hoje que “há abertura para trabalhar no projeto”, que encara de forma positiva, sendo necessário que funcione em articulação com o Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, em Lisboa, e o Museu Nacional da Resistência e Liberdade, no Forte de Peniche.

“Trata-se de garantir que aquilo que é a História se perpetue para além das gerações que viveram a História”, disse Graça Fonseca.

Entre os muitos temas que fizeram o balanço da área governativa na legislatura, a ministra sublinhou ainda o reforço de 12% de investimento face ao último concurso da DGArtes e a criação da Portugal Film Commission, “um passo fundamental” para a afirmação do país como destino de filmagens, de estímulo à indústria do setor e para a promoção internacional de todo o território.