Na conferência de imprensa após a reunião do executivo, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, salientou que este novo instrumento de articulação das políticas públicas, projetadas para o horizonte da próxima década, assume o objetivo de conseguir a “redução da taxa de pobreza para 10% da população”, o que significa “retirar 660 mil pessoas da situação de pobreza até 2030”, uma meta mais ambiciosa do que os 360 mil que estariam assumidos na transição do plano europeu para o plano nacional.
Mariana Vieira da Silva destacou também a meta de reduzir para metade a pobreza infantil, o que significará retirar 170 mil crianças desta condição durante o mesmo período de tempo.
De acordo com o Governo, a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030, enquadrada no desafio de redução das desigualdades, “define seis eixos prioritários de intervenção, em estreita articulação com o Pilar Europeu dos Direitos Sociais e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030”.
Após ter estado em consulta pública no mês de outubro, o plano estratégico para a erradicação da pobreza, agora aprovado na sua versão final, é condição habilitante do Portugal 2030 e é, também, uma das reformas inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência, contribuindo para a coerência e eficácia dos investimentos inscritos nestes dois programas.