O líder do executivo socialista presidiu esta terça-feira, no Largo do Carmo, em Lisboa, à cerimónia de entrega da espada de oficial-general ao primeiro brigadeiro-general da GNR, António Bogas, ato que considerou representar “um dia histórico” para esta força de segurança.
“Diria mesmo que se trata de um dia histórico para o sistema de defesa nacional e de segurança interna em Portugal. A GNR é uma instituição que tem uma natureza muito própria: É uma força de segurança, mas é uma força de natureza militar”, apontou.
No seu breve discurso, António Costa, que teve ao seu lado o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, elogiou “a proximidade da guarda na ligação entre o Estado e as comunidades”, sublinhando ainda o facto de muitas missões internacionais, das Nações Unidas ou da União Europeia, solicitarem a presença de forças de segurança com a natureza da GNR.
Para o líder do Governo, a GNR “tem uma capacidade única de se adaptar e de responder sempre presente aos sucessivos desafios que lhe são colocados pelo poder político”, designadamente, como exemplificou, na sequência “da tragédia dos incêndios de 2005, com a criação de uma nova valência para intervenção, proteção e socorro”.
“Agora, de novo, novas missões lhe são solicitadas no âmbito da vigilância e proteção das nossas fronteiras externas da União Europeia em resultado da extinção do SEF. Não é uma missão desconhecida para a guarda, mas é porventura uma missão já esquecida. Por isso, é necessário reinventá-la e reconstruí-la – e estamos certos de que a GNR o fará com o brio que lhe é característico”, acentuou o primeiro-ministro.
“É fundamental para o país dispor de uma GNR robusta, que sirva de interface entre a missão própria das Forças Armadas e a função do sistema de segurança interno”, apontou ainda António Costa.