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Formação de médicos especialistas vai abrir “maior número de vagas de sempre”

Formação de médicos especialistas vai abrir “maior número de vagas de sempre”

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou que o país vai contar, já no próximo ano, com um total de 2.054 vagas para formação de médicos especialistas, o “maior de sempre”, representando um crescimento de 115 (+6%) face a 2022.

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Manuel Pizarro

“Este mapa de vagas reforça a confiança no SNS, porque é o maior número de vagas que alguma vez foi aberto”, e em várias especialidades, sublinhou o ministro, que presidiu no domingo, no Porto, à sessão de encerramento do Congresso Nacional de Estudantes de Medicina (CNEM).

Manuel Pizarro realçou que o maior crescimento de vagas se verifica, precisamente, nas especialidades onde há maior carência de médicos, como é o caso da Medicina Geral e Familiar, que terá 574 vagas, mais 10% do que este ano.

Nesta especialidade, Lisboa e Vale do Tejo é a região administrativa que reúne o maior número de vagas para formação (200), seguida da ARS do Norte (182), do Centro (114), do Alentejo (26), Algarve (21), Açores (18) e Madeira (13).

Com 85 vagas, mais cinco face a 2022, a Anestesiologia também tem o “maior mapa de sempre”, concentrando-se o maior número de vagas na ARS do Norte (34), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (29), Centro (15), Madeira, Açores e Algarve, com duas cada uma, e o Alentejo com uma vaga.

A especialidade de “Ginecologia e Obstetrícia, que tem estado debaixo das atenções de todos, tem mais seis vagas do que no ano anterior [12,5%], 54 vagas no total”, referiu também Manuel Pizarro, sendo que 19 serão para Lisboa e Vale Tejo, outras 19 para a região Norte, nove para a região Centro tem nove, três para o Algarve, duas para a Madeira e uma destinada aos Açores e ao Alentejo.

A Medicina Intensiva, por sua vez, terá 70 vagas, um aumento de 23%, e a Radiologia 38 vagas, correspondentes a um crescimento de 22,6% em relação a este ano.

O total de médicos inscritos para o concurso é de 2.343, dos quais 1.819 correspondem a médicos que se vão candidatar pela primeira vez, por estarem a terminar o ano de formação geral.

Manuel Pizarro salienta o novo mapa de vagas visa “responder, ao mesmo tempo, às necessidades do país e do SNS e às aspirações dos jovens médicos”, realçando o “enorme esforço de colaboração” entre o Ministério da Saúde e a Ordem dos Médicos na realização de um trabalho que exigirá “o seu tempo” e que será acompanhado de outras medidas para resolver carências que se colocam no imediato.

“Este é um mapa de vagas que garante que no futuro nós não enfrentaremos os problemas que temos tido no presente”, concluiu.

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