Fomos capazes de responder à crise e construir políticas concretas para servir os portugueses
“Fomos capazes de construir, com a ajuda de todos, não apenas o plano para resistir a esta crise de saúde pública e para garantir a resiliência do país, em articulação com a União Europeia (UE), mas fomos também o primeiro país a apresentar à UE o seu plano de desenvolvimento e de recuperação económica e social”, apontou o dirigente socialista, intervindo na abertura do Congresso da FAUL – Federação da Área Urbana de Lisboa, que teve lugar em Loures.
“Não apenas demos uma resposta à pandemia como construímos uma solução económica e social, e garantimos os meios de financiamento para pôr em prática essas políticas”, reforçou, destacando o trabalho fundamental do primeiro-ministro e líder do PS, António Costa, para criar, na frente europeia, uma dimensão de solidariedade, coesão e justiça social.
Na sua intervenção, o Secretário-geral adjunto socialista salientou, neste contexto, a capacidade de articulação de, simultaneamente, “cuidar da resposta à crise e à emergência” no país e de construção “de uma estratégia para fazer face ao pós-crise”, no âmbito económico e social, como é traduzido no Plano de Recuperação e Resiliência, que o Governo do PS vai apresentar ao país.
“Quando falamos de resiliência e de recuperação económica e social, do que estamos a falar é do investimento nas condições de vida das pessoas. Desde logo e em primeiro lugar, o reforço dos meios no SNS, que mostrou, neste momento tão crítico na vida do país, ser um esteio essencial da igualdade, de que o PS se orgulha”, disse.
“Mas também estamos a falar de investimento na escola pública, na preparação da escola pública para o esforço de digitalização, preparando as crianças para a sociedade do conhecimento”, prosseguiu.
Por fim, acrescentou o ‘número dois’ do PS, “falamos também do combate à precariedade laboral, do apoio aos mais frágeis, de condições para apoiar a competitividade das nossas empresas e do investimento nas infraestruturas de transporte e de mobilidade, assim como nas políticas de habitação”, dirigidas, em particular, às gerações mais jovens.
“Estamos a falar de políticas concretas para servir as pessoas e os cidadãos”, concretizou.
Vencer nos Açores, reforçar a descentralização e projetar as autárquicas
Na sua intervenção, José Luís Carneiro apontou ainda três objetivos políticos fundamentais dos socialistas, que vão sair reforçados dos congressos federativos que se realizaram, neste fim de semana, por todo o país.
“Em primeiro lugar, desejar a Vasco Cordeiro e aos socialistas dos açores as maiores felicidades para que o PS reforce a maioria que tem vindo a merecer da parte dos açorianos, onde temos provas dadas de políticas que valorizam as pessoas, os seus territórios e os seus recursos”, destacou.
“Há um outro desafio político da maior importância, o da nossa mobilização para o esforço de descentralização. Os socialistas acreditam nos valores associados à descentralização, porque descentralizar significa levar o poder aos cidadãos”, apontou, de seguida.
“Se o poder é uma relação, quanto mais dermos poder aos cidadãos, mais qualidade democrática estamos a criar dentro do nosso país”, referiu, destacando, dentro desse esforço, a mobilização para a eleição das CCDR, que traduz um passo decisivo para “reforçar a legitimidade de um novo poder democrático regional”.
Por último, o Secretário-geral adjunto do PS apontou que dos trabalhos dos congressos resultará também “uma nova legitimidade que terá responsabilidades especiais na escolha das mulheres e dos homens que, em nome dos valores do PS, se apresentarão aos eleitores para servirem as comunidades locais por altura das eleições autárquicas”.
“O mérito, a competência e o compromisso com o serviço público devem imperar nas escolhas do PS”, advogou.