“O causador da instabilidade é o Governo. E a legitimidade dos acordos formalizados, que justificaram a formação de Governo, já não existe. O Governo está preso por um fio frágil da aritmética parlamentar”, afirmou Vasco Cordeiro.
Perante o fim dos acordos de incidência parlamentar com o deputado da Iniciativa Liberal (IL) e com o deputado independente, o que deixou o Governo Regional sem maioria no Parlamento da Região, o líder dos socialistas açorianos recomendou, também, ao executivo que “reflita” sobre se manter-se em funções “é a melhor forma de servir os açorianos”.
“Questiono o Governo sobre se esta latência de instabilidade é a melhor forma de servir os Açores. Por outro lado, questiono se está o Governo disponível para devolver a palavra aos açorianos”, afirmou Vasco Cordeiro.
Em novembro de 2020, recorde-se, o representante da República indigitou o líder da estrutura regional do PSD, José Manuel Bolieiro, como presidente do Governo Regional, justificando a decisão com o facto de a coligação PSD/CDS-PP/PPM ter apoios que lhe conferiam maioria absoluta na Assembleia Legislativa, apesar de o PS ter sido o partido vencedor das eleições legislativas regionais.
Essa maioria de suporte parlamentar, de 29 deputados em 57, deixa agora de se verificar, lembrando os socialistas que este foi um “problema criado pelo governo”, o que “coloca a responsabilidade da solução no governo”.
“Para já, o PS não pondera apresentar uma moção de censura, mas não exclui essa possibilidade no futuro”, observou ainda Vasco Cordeiro.