Este é um bom orçamento para as famílias, empresas e economia
“Este é sobretudo um bom orçamento para as famílias portuguesas, para as empresas e para a economia portuguesa, onde prosseguimos a reposição de rendimentos das famílias, onde criamos melhores condições para haver investimento, onde procuramos investir no reforço do Estado Social – na saúde, na educação, na melhoria das prestações sociais – e prosseguimos o investimento no conhecimento, ciência e cultura”, afirmou o primeiro-ministro, sublinhando, em simultâneo, a “trajetória de consolidação orçamental, com a diminuição da dívida e a redução do défice”.
Na entrevista, conduzida pelo jornalista José Alberto Carvalho e pelo diretor de informação da estação, Sérgio Figueiredo, António Costa destacou a diferença clara no caminho prosseguido pelo Governo socialista relativamente à orientação seguida durante quatro anos pela governação PSD/CDS, em que a consolidação se fazia através de corte de pensões, do corte de salários e do aumento da carga fiscal, a par do desmantelamento dos serviços públicos. “Invertemos essa lógica e fazendo a consolidação que não foi feita”, acentuou.
António Costa não deixou passar “a demagogia” no discurso dos partidos da direita em relação à proposta orçamental do Governo, sobretudo no que respeita à valorização das pensões, recordando o que PSD e CDS propunham para os pensionistas portugueses.
“O grande compromisso que os partidos de direita assumiram era um novo corte de 600 milhões nas pensões a pagamento. Não só não estamos a fazer os cortes com que PSD e CDS se tinham comprometido a fazer, como eliminámos os cortes que tinham feito”, apontou, referindo ainda o aumento extraordinário que será feito nas pensões mais baixas, que não tinham sido atualizadas em quatro anos, de forma “a repor maior justiça na sociedade portuguesa”.
Sobre a equação, que muitos consideravam impossível de concretizar, entre o cumprimento rigoroso das metas orçamentais e a política de devolução de rendimentos aos portugueses, António Costa defendeu que o caminho que o Governo tem vindo a prosseguir responde por si.
“Há algo que já ninguém discute: pela primeira vez vamos ter um défice abaixo dos 3%, tendo concluído a reposição dos vencimentos cortados na Função Pública, tendo reposto os mínimos sociais, tendo eliminado a sobretaxa para 68% dos contribuintes este ano. E tudo isto foi possível com uma sociedade descrispada, onde as pessoas podem começar a encarar o futuro com alguma esperança”, sublinhou.
A entrevista, onde o primeiro-ministro abordou ainda, entre outros temas, a estabilidade da maioria parlamentar que apoia o Governo, os dados do investimento e da criação de emprego, as opções em matéria de justiça fiscal e a resolução dos problemas do sistema financeiro, pode ser vista na íntegra aqui.