Esquerda tem sabido convergir no que é essencial para o país
“Creio que este congresso revelou aquilo a que temos assistido no país nos últimos tempos: Tranquilidade, paz social e convergência naquilo que é essencial. O PCP soube responder ao repto do PS para encontrar uma solução de Governo e tem apoiado essa solução de Governo em nome do princípio maior da melhoria das condições de vida dos portugueses”, declarou Ana Catarina Mendes, que liderou a delegação socialista ao encerramento da reunião magna do PCP.
Saudando o Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, pela sua reeleição, assim como a manifestação de “vitalidade” política e partidária do Congresso comunista, Ana Catarina Mendes disse não ter encontrado “mais divergências e críticas do que aquelas que são normais na identidade de cada um dos partidos”.
“Encontrei sim um estímulo no sentido de fazer melhor na governação para melhorar as condições de vida dos portugueses”, referiu a dirigente socialista, acompanhada pelo secretário nacional Porfírio Silva.
A Secretária-geral adjunta do PS salientou ainda, respeitando as diferenças entre os partidos em matéria de política europeia, que a defesa e o reforço do projeto europeu é um desígnio pelo qual os socialistas continuarão a bater-se.
“No PS, continuamos a acreditar no projeto europeu – um projeto de partilha entre os povos e os Estados na Europa. Para o PS, não está em cima da mesa nem a saída do euro, nem a saída do projeto europeu. Continuamos a defender a necessidade do reforço da Europa”, vincou, acrescentando que é dentro da União Europeia que Portugal tem sido capaz de “demonstrar que é possível um caminho alternativo ao da austeridade”.
“Por isso mesmo, hoje, a Europa foi capaz de olhar para nós e concluir que não há sanções, não há suspensão de fundos e há aprovação do Orçamento do Estado para 2017. Isso é um estímulo à ação do Governo e do PS”, considerou.
CGD deve dar cumprimento aos planos já aprovados
Ana Catarina Mendes abordou ainda o processo relativo à Caixa Geral de Depósitos, considerando que a questão essencial que se coloca à nova administração do banco público é cumprir os planos de recapitalização e de negócios já aprovados.
A dirigente socialista reafirmou que “a CGD é um banco essencial para a estabilidade e reforço do sistema bancário português”, sendo também “o garante das poupanças das famílias e o garante da redinamização da economia portuguesa”.
“Por isso mesmo, estamos em crer que a nova administração da CGD vai cumprir o plano de recapitalização e de negócios já aprovados”, vincou a Secretária-geral adjunta do PS, acrescentando que sua concretização é essencial “para garantir que se cumpram os objetivos da CGD enquanto banco público português”.