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Esforço de recuperação do país mostra que “não se tolerariam crises políticas”

Esforço de recuperação do país mostra que “não se tolerariam crises políticas”

PS tem projeto sólido e reconhecido para Lisboa em contraste com a “coligação de necessidade” à direita

O Secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, defende que o foco do país deve estar totalmente centrado nos esforços para combater a pandemia e relançar a recuperação da economia, acompanhando a mensagem que o Presidente da República dirigiu aos portugueses, de que “não se tolerariam crises políticas” num momento como o que atravessamos.

“Não há condições para criar uma crise política numa altura como aquela em que estamos a viver. Ou seja, todos os esforços têm de ser feitos para, por um lado, garantir o controlo da pandemia e, por outro, a recuperação das condições económicas e sociais” dos portugueses, disse o ‘número dois’ da direção socialista, no programa ‘Casa Comum’ da Rádio Renascença, apontando que o alerta do chefe de Estado tem destinatários bem identificados.

“Do meu ponto de vista, os destinatários são aqueles que têm radicalizado a sua intervenção política, pedindo com regularidade a demissão de vários membros do Governo, alguns dos quais, aliás, precisamente com responsabilidades especiais no combate à pandemia e à recuperação económica e social”, disse.

José Luís Carneiro partilhou, igualmente, duas outras ideias que vão ao encontro do que tem sido o esforço coletivo dos portugueses, nomeadamente “a importância de garantirmos os objetivos relativos à vacinação”, ou seja, “que até ao fim do verão teremos 70% da população vacinada”, fazendo notar, contudo, que esta é uma meta que não dependerá apenas da vontade do Governo e das autoridades de saúde, mas também da capacidade de fornecimento das indústrias farmacêuticas.

Por outro lado, prosseguiu o dirigente socialista, “a importância de atendermos aos termos em que poderá ocorrer o desconfinamento”, sublinhando, a este respeito, a complexidade e a exigência de conseguir encontrar um conjunto de medidas que procurem equilibrar “a necessidade do confinamento”, para reduzir o número de contágios, “com a garantia da subsistência das condições de vida social, do emprego e das próprias empresas”.

“O que se tem verificado é que a calibragem das medidas que se tem tentado provoca uma discrepância muito grande na forma como os cidadãos apreciam e interiorizam a necessidade de ter comportamentos individualmente responsáveis. Daí que o primeiro-ministro tenha pedido aos cientistas e epidemiologistas que procurassem, por um lado, estabelecer critérios com fundamentos mais precisos e seguros quanto ao desconfinamento que venha a ocorrer no futuro e, por outro lado, um consenso mais amplo, que diz respeito ao desconfinamento nas escolas, um setor que nos preocupa a todos”, apontou.

Sublinhando o consenso social e político no sentido de manter o atual confinamento até ao mês de março, José Luís Carneiro apontou ainda que esse será, então, o momento de fazer “uma avaliação”, também sobre os termos em que o desconfinamento poderá ocorrer.