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É fundamental manter os estímulos à economia

O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, reiterou ontem a importância de serem mantidos os estímulos à economia europeia enquanto a pandemia de Covid-19 estiver a atingir a União Europeia, sublinhando que este é o caminho que o Governo português está a fazer.

Intervindo numa reunião de “diálogo económico”, na qualidade de presidente em exercício do Conselho de Economia e Finanças (Ecofin), perante a comissão de Assuntos e Económicos do Parlamento Europeu, realizada por videoconferência, João Leão insistiu na ideia de que é “muito importante, nesta fase, haver de facto espaço [orçamental] para dar apoio à economia e não retirar estímulos demasiado cedo”.

Perante os eurodeputados, o ministro salientou também, para ilustrar esta ideia de força, que, de acordo com dados da própria Comissão Europeia, “Portugal é dos países que está a apostar mais no investimento público”, com “um conjunto de investimentos muito significativos no terreno”.

O que, na opinião de João Leão, é “absolutamente crítico numa altura em que parte do setor privado está muito condicionado pelo distanciamento social” e, consequentemente, impedido de ter uma recuperação tão rápida quanto se desejava.

Já no que se refere à análise da execução orçamental de 2020 em Portugal, tema que suscitou um diálogo mais específico com os parlamentares portugueses, o ministro realçou que a receita fiscal acima do esperado, com um “comportamento extraordinário, quer ao nível dos impostos sobre empresas, quer ao nível dos impostos sobre as famílias” – e “a única coisa que explica o défice ficar mais abaixo do que a estimativa recente”, como salientou –, explica-se, “em parte, precisamente devido aos apoios muito significativos à economia”.