Ana Catarina Mendes destacou, em declarações aos jornalistas após a sessão solene comemorativa do 47º aniversário do 25 de Abril, a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa, que garantiu que “em democracia cabem todos, todas as opiniões, todos os estratos sociais, os mais e os menos evoluídos. Todos fazemos parte do mesmo Portugal, da mesma história e todos devemos respeitar-nos em democracia”.
Relativamente ao discurso do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a líder parlamentar do PS apontou que a democracia, “com as suas divergências e diferenças de opinião, exprime-se em particular no Parlamento com os vários partidos, dos mais democráticos aos menos democráticos, mas todos com a legitimação do povo português”.
“Mas isso também nos confronta com a democracia ser um projeto inacabado e de precisar de ser sempre regada. Trata-se da responsabilidade de todos os dias os políticos aprofundarem a democracia e de serem respeitadores do legado dos capitães de Abril”, assegurou.
Ana Catarina Mendes mencionou depois o discurso do Partido Socialista na sessão solene, proferido pelo deputado e cientista Alexandre Quintanilha, que trouxe “memória e conhecimento”: “Memória da nossa história e reconhecimento pela forma como o conhecimento ao serviço da democracia permitiu vencer a incerteza que ainda subsiste” com a pandemia.
A presidente da bancada do PS deixou claro, por fim, que, “ao longo destes 47 anos, se há partido que esteve sempre ao lado da melhoria significativa da justiça foi o Partido Socialista. Foi assim com Salgado Zenha, com a independência do poder judicial em relação à política, e com Almeida Santos, que deu mais autonomia e um estatuto próprio ao Ministério Público. Mas também foi assim com António Costa como ministro da Justiça, quando se introduziu a criminalização da vantagem indevida”.