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Cultura assume “um lugar estratégico” no plano de recuperação do país

Cultura assume “um lugar estratégico” no plano de recuperação do país

A ministra Graça Fonseca afirmou ontem, no Parlamento, que “a Cultura assume um lugar estratégico” no Plano de Recuperação Económica e Social do país, que o Governo vai colocar em discussão pública, para dar resposta a uma crise global profunda.
Cultura assume “um lugar estratégico” no plano de recuperação do país

Na comissão de Cultura e Comunicação, Graça Fonseca sublinhou que, neste plano estratégico, “a Cultura assume o lugar próprio de política transversal, motor da dinamização económica e coesão social, com um programa de ação abrangente e inovador”, referindo o documento assenta numa visão que coloca as artes, a criatividade, o talento e o património como “fileiras estratégicas”.

De acordo com a governante, os objetivos basilares que lhe estão subjacentes consistem em descentralizar a atividade cultural e artística pela totalidade do território, promover a emergência e projeção de novos e desconhecidos talentos, incrementar o interesse dos cidadãos pelas artes, e promover uma inter-relação mais próxima entre artistas e o meio envolvente.

“São 14 medidas para concretizar a curto/médio prazo, agrupadas em cinco áreas de intervenção que abrangem todos os setores culturais e criativos e impactam em todo o território de Portuga”, acrescentou.

Medidas

Durante a intervenção inicial na audição parlamentar, a ministra da Cultura fez questão de destacar algumas das medidas previstas, nomeando o programa nacional para as artes nas infraestruturas e equipamentos públicos, que tem como objetivo promover e apoiar a criação artística no âmbito dos investimentos públicos infraestruturais, como por exemplo na rede de Metro; o plano nacional de investimento em reabilitação e integração do património cultural e natural, que visa restaurar e dinamizar muitos monumentos, palácios e museus do país, a maioria dos quais integra espaços naturais de biodiversidade, importantes ativos culturais para o desenvolvimento económico e a coesão territorial; e o investimento em redes artísticas e culturais no país, a par do investimento na sua modernização tecnológica, na capacitação dos recursos e na melhoria das condições físicas, para que constituam verdadeiros espaços para a criação e a programação em todas as áreas artísticas.

Graça Fonseca enumerou também medidas na área da criatividade, tecnologia e digitalização, que articulam Cultura e Ciência, como o programa para a investigação e desenvolvimento de competências altamente especializadas na área da cultura, a criação de um laboratório em rede para a investigação em património cultural, e que concretizem o potencial tecnológico no plano cultural, como o programa de investimento na digitalização de conteúdos e obras artísticas.

A ministra reiterou também que o Orçamento Suplementar “consagrou um reforço financeiro de cerca de 70 milhões de euros para a Cultura”, um valor inédito, como referiu, que permitirá dar respostas adequadas aos problemas dos trabalhadores do setor e às dificuldades vividas pelos equipamentos e estruturas.