Em declarações à Imprensa proferidas à margem da deslocação que realizou recentemente a Viseu para visitar a Feira de São Mateus, o líder do PS deixou claro que para poder debater e apresentar propostas no âmbito do processo negocial do Orçamento para 2025, o Partido Socialista precisa de mais informações e de mais tempo.
Falando sobre o OE, o Secretário-Geral considerou “essencial” que o executivo chefiado por Luís Montenegro faculte informações detalhadas sobre a margem orçamental para o próximo ano, por forma a que o PS possa apresentar as suas propostas e que estas não abalem o desejável equilíbrio nas contas do país.
Clarificando que não se trata de “nenhuma birra por parte do PS”, Pedro Nuno Santos frisou que os dados exigidos pelos socialistas são “condição essencial garantir que o próximo Orçamento de Estado será equilibrado”.
“Queremos estar de forma séria e responsável neste processo e daí a nossa necessidade de ter informação transparente, que já pedimos, aliás, em julho”, lembrou o líder socialista, antes de assinalar que “não seria sério fazer uma negociação sobre o orçamento sem conhecer a margem orçamental” para 2025.
Ao reiterar tratar-se de uma questão de responsabilidade política, que importa muito ao PS salvaguardar, Pedro Nuno Santos mostrou, ainda, “profundo desacordo com a estratégia que o governo tem para a Saúde”.
E ressalvou que o documento em causa traduz políticas de saúde com as quais os socialistas discordam profundamente, avisando ser determinante garantir “que não serão introduzidas no Orçamento medidas que violentem o quadro de princípios programáticos do Partido Socialista”.
PGR com capacidade de liderança e comunicação
Entretanto, e a propósito do perfil delineado para o futuro Procurador-Geral da República – proposto pelo governo e nomeado pelo Presidente da República –, o Secretário-Geral socialista adiantou que o PS está “em sintonia” com o executivo em matéria das qualidades exigíveis ao próximo escolhido para o cargo.
“É muito importante que o próximo ou a próxima Procuradora-Geral da República tenha a capacidade de liderança e a capacidade de comunicação, entre outras, estas duas qualidades são muito importantes”, pontualizou Pedro Nuno Santos, adiantando conhecer que este é também o entendimento da atual tutela da Justiça, havendo, neste particular, uma importante “sintonia” com o PS.