Compromisso de fazer mais pela qualidade de vida das cidades
“O galardão não se destina a premiar os feitos que conseguimos. Destina-se acima de tudo a conseguirmos utilizá-lo de forma a fazer mais. Fazer mais para vencermos em conjunto esta batalha das alterações climáticas, fazermos mais pela melhoria da qualidade de vida das cidades, fazermos mais no domínio dos parques verdes, da água, da mobilidade sustentável”, realçou o autarca socialista no arranque das cerimónias, que tiveram lugar no sábado, na capital portuguesa.
Fernando Medina garantiu que o município está consciente daquilo que tem “de fazer em matéria de ação climática e de sustentabilidade ambiental”, o que, na sua ótica, deve ser “uma prioridade para as cidades”, acrescentando que “nós temos a consciência bem clara de que temos de fazer a nossa parte”.
Sublinhando que “o que motivou, fundamentalmente, a atribuição do galardão” a Lisboa foi o compromisso “com a ação” para a sustentabilidade ambiental, Medina destacou, entre as ações programadas, a plantação de 20 mil árvores em quatro locais da cidade, o que teve lugar no domingo, envolvendo cerca de 4.500 pessoas, as obras do novo parque verde na Praça de Espanha, que arrancam esta segunda-feira, assim como a renovação da frota da Carris, a entrada em funcionamento de autocarros elétricos, assim como “as novas casas com zero emissão de carbono que estão em construção”.
O galardão de Cidade Verde tem distinguido cidades europeias que são referência em sustentabilidade e ambiente, como Copenhaga, Estocolmo e Oslo, a que se junta agora Lisboa em 2020, assumindo também o compromisso de ser uma cidade europeia de referência ao nível da mobilidade em 2030 e de atingir a neutralidade carbónica até 2050.
Entre as metas e medidas a que se propõe, autarquia anunciou que pretende atingir, neste período, a redução das viagens em automóvel, de 57% para 33%, a diminuição de 60% das emissões de dióxido de carbono e a obtenção de uma potência fotovoltaica instalada de 100 megawatts.
A capital portuguesa compromete-se, também, com a criação de um sistema para rega e lavagem das ruas com água reutilizada, e com o planeamento de que, até ao final do próximo ano, mais de 90% dos moradores tenham a menos de 300 metros de casa um espaço verde com pelo menos dois mil metros quadrados.
No mês de abril, está prevista a inauguração do Museu da Reciclagem (ReMuseu), em Alcântara, assim como a realização da conferência ‘Urban Future Global Conference’. Ao longo do ano, estão previstas um conjunto de conferências, iniciativas com escolas e universidades, espetáculos, exposições e festivais sobre o tema da sustentabilidade ambiental.
O programa está disponível no portal lisboagreencapital2020.com.