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Combate às alterações climáticas exige novos modelos económicos

Combate às alterações climáticas exige novos modelos económicos

António Costa defende que são necessários novos modelos económicos na Europa para responder aos desafios ambientais e criar grandes oportunidades de crescimento.

Combate às alterações climáticas exige novos modelos económicos

“O modelo económico que nos conduziu até aqui não tem futuro e não nos permite responder aos grandes desafios ambientais: combater as alterações climáticas, reduzir a poluição e inverter a perda de biodiversidade”, pelo que, é necessário “redesenhar” a estratégia de desenvolvimento da União Europeia (UE), disse esta sexta-feira o primeiro-ministro, António Costa, durante a sessão de abertura da conferência de alto nível ‘Alterações Climáticas – Novos Modelos Económicos’.

Neste cenário, o líder do executivo considera que a resposta da União Europeia à pandemia de Covid-19 deve passar por apoios à recuperação económica e social, bem como pela criação de um “novo desenvolvimento, mais justo e equitativo e dentro dos limites dos sistemas naturais”.

“Assegurar a transição energética é fundamental para a descarbonização da economia, mas hoje sabemos que não é suficiente. É necessário atuar sobre toda a cadeia de valor dos produtos e serviços e aumentar a sua circularidade”, indicou o secretário-geral do PS.
Nesse sentido, é necessário “explorar a contribuição de novos modelos económicos, incluindo a economia circular e a bioeconomia sustentável”, de modo a fomentar “grandes oportunidades de crescimento”, defendeu António Costa.

No quadro da presidência do Conselho da UE, que decorre durante o primeiro semestre sob o lema ‘Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital’, o chefe do Governo reafirmou que o seu compromisso e empenhamento em concluir as negociações da primeira Lei Europeia para o Clima, que consagra o objetivo da neutralidade carbónica e em promover o debate em torno da Estratégia Europeia para a Adaptação às Alterações Climáticas, a qual – recorde-se -foi apresentada há dois dias.

No encontro que contou com a participação de 17 especialistas e autores internacionais, o Secretário-geral socialista e líder do Governo lembrou que “Portugal foi pioneiro a assumir a neutralidade carbónica até 2050 e está entre os países europeus com metas mais ambiciosas para 2030”.

António Costa salientou, ainda, que 47% do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência nacional (que se encontra em consulta pública), destina-se “à transição climática nos vários setores de atividade”, por forma a garantir que “nenhum dos investimentos seja prejudicial ao ambiente”.

Deste modo, pretende-se “colocar no terreno ações concretas de adaptação do território às alterações climáticas, como as intervenções na proteção e defesa da floresta e a gestão eficiente dos recursos hídricos”, apontou o primeiro-ministro.

A visão estratégica do Governo socialista passa por investir na “criação de uma nova cadeia de valor virada para o futuro”, através da concretização de “medidas que apoiam a descarbonização profunda da economia e que incluem a aposta na mobilidade sustentável, a descarbonização da indústria, a bioeconomia sustentável, a eficiência energética dos edifícios, o apoio à energia de fontes renováveis”, afirmou António Costa.

A conferência ‘Alterações Climáticas – Novos Modelos Económicos’ foi organizada pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE e teve como objetivo debater a contribuição de novos modelos económicos, designadamente a economia circular e a bioeconomia sustentável, no combate às alterações climáticas e na promoção de uma recuperação económica e social, justa e equitativa.

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