Colocar a Madeira no rumo certo
Perante a Secretária-geral adjunta do PS nacional, Ana Catarina Mendes, e mais de 400 congressistas, Emanuel Câmara enfatizou que a Madeira vive “um momento único e histórico da sua democracia”.
“É possível haver uma alternância democrática na região e não tenho dúvida de que ela acontecerá, finalmente, em 2019”, vincou, comprometendo-se desde já a dar à Madeira “o presidente [do Executivo Regional] que os madeirenses querem, Paulo Cafôfo”, atual presidente da Câmara do Funchal.
Na ocasião, Emanuel Câmara defendeu que o PS se tornou uma “alternativa mais sólida, viável e credível para colocar a Madeira no rumo certo”, num momento em que a maioria do PSD no arquipélago evidencia o “regresso ao passado, de volta às catacumbas do jardinismo”.
“Esperámos 40 anos para podermos dizer, com direito e propriedade, que seremos uma alternativa total”, frisou, reafirmando que o PS está “preparado para voos mais altos e que o Governo da Madeira está ao alcance dos socialistas”, até porque, acrescentou, “o partido teve a coragem de assumir finalmente o seu papel e de jogar para ganhar”.
Ainda nesta linha de pensamento, o novo líder do PS na Madeira sublinhou que este é “um momento único porque o PS tem hoje uma hipótese real, efetiva e imperdível de ser poder e de concretizar o que gerações e gerações de socialistas, democratas e autonomistas sonharam: uma região que aposta nas pessoas em primeiro lugar”.
E considerou que “esse dia chegou” pois, completou “lançámos ao terreno as sementes da mudança, estivemos à altura da confiança e soubemos merecer a esperança que está para chegar ao Governo desta terra, depois de já ter chegado às juntas e às câmaras onde governamos”.
Coligação com a sociedade civil
Na reunião que serviu para confirmar a eleição de Emanuel Câmara a 19 de janeiro, o também presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz, que sucedeu a Carlos Pereira à frente do PS/Madeira, garantiu que o partido vai “abrir as portas” à sociedade civil e reeditar a iniciativa dos “estados gerais” do Partido Socialista.
Para Câmara, este congresso mostrou um partido “mais forte, unido, coeso e mobilizado”, no seio do qual todos são precisos.
Além disso, reforçou, a sua “primeira e mais importante coligação” para vencer as eleições regionais de 2019 será feita a sociedade civil.
“Nunca desistimos, não jogámos a toalha ao chão porque estávamos certos de que o nosso tempo chegaria”, recordou, apontando que o que “até há bem pouco tempo era visto como um sonho, hoje é um projeto firme e em breve será uma realidade com repercussões positivas para a Madeira”.
A concluir, Emanuel Câmara deixou claro que a sua liderança será um “projeto de poder sustentado de regeneração interna”, que não fará “promessas que não possa cumprir” e que tem uma “agenda de inspiração social”.