Coesão social é o grande desafio da UE para a recuperação pós-Covid
Neste encontro, os representantes do ‘trio’ de Estados-membros que vão presidir rotativamente ao Conselho Europeu, nos próximos 18 meses, apresentaram o respetivo programa, considerado decisivo para as pretensões das regiões, tendo em conta as decisões que serão tomadas sobre o próximo período de programação financeira para 2021-2027 e o futuro das Políticas de Coesão e Agrícola Comum.
Segundo Vasco Cordeiro, que é também primeiro vice-presidente do Comité das Regiões, este ‘trio’ assumirá funções numa altura crucial para o projeto europeu, tendo em conta a necessidade, não só de se chegar a um acordo sobre o próximo orçamento comunitário, mas também providenciar respostas céleres para a recuperação económica da Europa.
“Um orçamento que corresponda às nossas ambições e necessidades diárias e que seja descentralizado” para responder aos desafios que enfrentam os Estados-Membros e as Regiões, através de uma Política de Coesão renovada e promotora da coesão territorial, social e económica, salientou o líder socialista açoriano, para quem a proposta apresentada pela Comissão representa “um bom passo na direção certa”.
Na sua intervenção, Vasco Cordeiro salientou, por outro lado, a necessidade da União Europeia ter em conta a dimensão social da recuperação, face aos desafios colocados pela pandemia da Covid-19, defendendo, por outro lado, que as regiões devem ter um papel político a desempenhar na Conferência sobre o Futuro da Europa, uma iniciativa lançada pela Comissão Europeia.
Esta reunião da Mesa do Comité das Regiões decorreu na véspera da sessão plenária deste organismo, que conta com mais de 350 representantes de regiões e cidades de todos os Estados-membros da União Europeia e que decorrerá, por videoconferência, nos próximos três dias.