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Carlos César lembra os contributos decisivos que o PS tem dado ao país

Carlos César lembra os contributos decisivos que o PS tem dado ao país

O presidente do PS, Carlos César, na mensagem que enviou por ocasião da sessão evocativa dos 7 anos de governação socialista, apelou ao partido e a todos os seus militantes para que continuem a trabalhar “todos juntos” para que o PS “continue a ser merecedor da confiança da maioria do povo português”.

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Carlos César, 7 anos de Governo PS

Numa mensagem transmitida na sessão evocativa dos sete anos de governação do PS, na passada sexta-feira, em Lisboa, Carlos César começou por recordar as palavras que proferiu em finais de 2015, garantindo que o que então motivou os socialistas foi tudo fazer o que estivesse ao seu alcance para “aliviar os custos que a economia e as pessoas estavam a suportar com a austeridade excessiva” em resultado das políticas de direita do anterior Governo, mas também que fosse capaz de criar as condições que apontassem para um “caminho novo”, que “privilegiasse o humanismo e a precaução social e resolvesse a insensibilidade social que a direita revelara secundarizar”.

Um caminho diferente, como insistiu, que fosse também capaz de “ativar as funções e os serviços públicos que cabem a um Estado mais eficiente, inteligente e prestante, amigo das pessoas e da iniciativa das empresas”, ao mesmo tempo que conseguisse ser “mais descentralizado aos níveis dos poderes locais e regionais”.

Tudo soluções políticas que foram sempre sistematicamente rejeitadas pelo anterior Governo das direitas, como salientou, recordando que o resultado desses anos – “todos o sentimos” – foi, “salvo escassos méritos”, o da “destruição das funções públicas e o da promoção intencional da obsolescência do Estado”. Uma governação, lembrou Carlos César, “geradora das maiores desigualdades, de desolação e de pobreza, que deixou as famílias num estado de exaustão e de desesperança e as empresas com recordes de incumprimento e falências”.

Era, pois, necessário, como alertou, reverter o mais rápido possível esse percurso continuado pela direita de “cegueira e de degradação”, o que levou o PS na altura, em 2015, a apresentar aos eleitores “uma alternativa de confiança” que garantisse o cumprimento de um “caminho alternativo” que reunisse “vontades e que congregasse esforços que incluíssem os de partidos à nossa esquerda”.

Objetivos que, segundo Carlos César, foram em larga medida alcançados, o que levou a que “o nosso compromisso de fazer mais e melhor” tivesse merecido a confiança da maioritária do povo português, sobretudo “pelo que fizemos e não apenas pelo que prometemos”. Uma confiança que se tem vindo a traduzir na “vontade dos portugueses em terem um Governo estável e uma política com um rumo certo, liberto de sobressaltos, das incertezas constantes e das perturbações de um apoio parlamentar incerto”.

De acordo com Carlos César, as responsabilidades políticas atuais do PS na governação do país, por diversas variáveis e vicissitudes, como salientou, são “intransferíveis”, sobretudo se for considerada a forma responsável e competente como o Governo socialista foi capaz de ultrapassar eventos inesperados, com destaque para a pandemia, para a crise sistémica no setor bancário, para as consequências da guerra no leste europeu, ou perante a “maior inflação internacional das últimas décadas”. Dificuldades que não evitaram, contudo, que o Governo socialista tenha conseguido, ao invés da herança deixada pelos partidos da direita, “colocar as contas públicas em ordem”, condição indispensável, como referiu, para que Portugal “saísse do procedimento por défice excessivo e recuperasse a confiança externa dos investidores e dos mercados financeiros”.

Aprofundar o desenvolvimento económico e social

Para Carlos César, é decisivo que o Governo mantenha o rumo que iniciou em 2015, continuando e aprofundando o desenvolvimento económico e social que tem vindo a prosseguir, associando-o agora ao “provimento das carências sociais e infraestruturais que o país reclama”, dando resposta, por exemplo, como destacou, aos muitos portugueses que se veem perante “encargos acrescidos do crédito à habitação”, resultantes de um “surto inflacionário absolutamente inesperado”.

Se é verdade, como referiu, que Portugal nos últimos sete anos tem vindo a consolidar a sua convergência com a União Europeia, numa “trajetória de qualificação e de crescimento sustentado da economia”, também é verdade, segundo Carlos César, que importa agora não adormecer sobre os êxitos alcançados e “continuar e reforçar essa aproximação”, apoiando os investidores privados, “incluindo por via fiscal”, e concretizando “agilmente os investimentos públicos”, sendo este o caminho, como defendeu, que melhor responde à necessária modernização da economia e à transição energética e digital do país, e a uma mais adequada e sustentada “atratividade face aos investidores externos”.

Para o também ex-líder parlamentar socialista e antigo presidente do Governo Regional dos Açores, o que não deve ser negligenciado são “os crescimentos históricos” do salário mínimo nacional e os “ganhos na remuneração média dos trabalhadores”, mas também os aumentos “impressivos na quantidade e na qualidade do emprego e na forte diminuição da taxa de desemprego”, problemáticas que, para Carlos César, têm de continuar a ser melhoradas, sendo esta a forma a assegurar a “sustentabilidade da Segurança Social e o aumento das pensões e das prestações sociais mais relevantes para a proteção das famílias”.

Outro dos temas elencados por Carlos César, na sua participação na sessão evocativa dos sete anos de governação socialista, teve a ver com a forma digna e muito competente como o Governo do PS soube responder à pandemia com um “SNS à altura do desafio”, mas também no progresso alcançado no combate ao abandono escolar e ao aumento da frequência no ensino superior, para além do exponencial aumento na qualificação dos jovens, dos trabalhadores e “até dos gestores portugueses”. Realidades que referiu terem permitido ao país defender os seus interesses nos planos europeu e internacional, servindo agora de motivação, perante a “turbulência e o cruzamento de interesses que vivemos”, para que Portugal se prepare para o “novo ciclo que se apresenta mais exigente e insuscetível de ser negligenciado”.

Liderança mobilizadora

Carlos César reservou a parte final da sua mensagem para elogiar o trabalho do Secretário-Geral do PS e primeiro-ministro, lembrando a “liderança mobilizadora e esclarecida” de António Costa que “contribuiu e contribuirá” para continuar o progresso do país. Elogiando também “todos aqueles que o têm acompanhado no Governo nestes sete anos”, deixou uma referência final para o orgulho que disse sentir pelas quase cinco décadas da fundação do PS, período no qual, como salientou, os socialistas deram contributos decisivos para que Portugal possa ser hoje um país “mais influente, mais desenvolvido, mais progressista, mais democrático e mais inovador, mas também menos desigual”.

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