“Com a liderança de Pedro Nuno Santos, o nosso próximo primeiro-ministro de Portugal, honraremos as lutas passadas, consolidaremos os sucessos atingidos, mas empenhar-nos-emos com um novo fôlego e nova energia nos objetivos por alcançar e nos avanços que importa concretizar, refazendo o melhor que está a ser feito e fazendo o melhor que ainda está por fazer”, disse.
Falando na abertura do segundo dia do 24º Congresso Nacional do PS, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL), logo após o anúncio da sua eleição, Carlos César começou por referir que “o país devia ter sido poupado a esta interrupção gerada pela decisão de convocação de eleições antecipadas”, sublinhando, contudo, que os socialistas não ficarão prisioneiros das circunstâncias.
“É hoje amplamente reconhecido que, nas circunstâncias então difundidas, o primeiro-ministro [António Costa] fez o que lhe era institucionalmente requerido, mas o Presidente da República, em resposta, não fez o que politicamente era devido”, criticou o também membro do Conselho de Estado, recebendo muitas palmas.
Para o presidente do PS, “o que lá vai, lá vai”, e agora, vincou, “é o tempo de mostrar aos portugueses o líder que temos, aquilo que somos e o que merecemos ser”.
“Temos um líder que desejámos, somos uma proposta de Governo com uma nova ambição e sentido de responsabilidade, uma alternativa apoiada no país inteiro por socialistas e não socialistas. E merecemos ser uma proposta eleitoral ganhadora para derrotarmos a direita mais embusteira, mais radical e mais desvalorizadora do Estado e dos direitos dos cidadãos que já tivemos em Portugal desde o 25 de Abril”, declarou Carlos César.
No seu discurso, avisou também que um eventual executivo de direita no país seguirá o modelo “sem rei nem roque” do cessante Governo Regional de direita nos Açores, onde se aliou com “a extrema-direita”.
Neste contexto, o presidente do PS classificou a mudança de Governo nos Açores, nas eleições de fevereiro, como “decisiva para inverter a degradação financeira, económica e social que ali tem acontecido”. “A vitória do PS no próximo dia 4 de fevereiro será uma vitória para a vida dos açorianos. E nessa medida uma vitória para uma parte tão relevante do nosso país”, declarou.
Também no plano nacional, advogou, “os portugueses não escolherão no próximo dia 10 de março aqueles que só se fazem notar à custa dos engenheiros do caos, ou pela grosseria da sua linguagem, ou pelos enredos que encenam no teatro da política – aptidões em que a liderança do PSD não raras vezes suplanta as dos seus companheiros à direita”.
Pelo contrário, segundo Carlos César, “os portugueses querem políticos que falem sobre o que interessa realmente aos portugueses” e que “deem garantias de fazerem o que dizem”.
“Pedro Nuno Santos é um político assim. Frontal e sem receios de mostrar quem é. E é disso que o país precisa”, apontou.